No final de novembro, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, a venda do medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), utilizado no tratamento da Covid-19, para farmácias e hospitais particulares do País. Esse mês, a Secretaria de Saúde de Maringá recebeu 100 tratamentos e, segundo o secretário da pasta, são dois tipos de antivirais para casos leves e moderados da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Paxlovid teve o uso emergencial aprovado no Brasil em 30 de março deste ano. Composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos, o medicamento é indicado para o tratamento da doença em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 grave. O medicamento é priorizado para o programa do Sistema Único de Saúde (SUS), mas também vendido em farmácias sob prescrição médica com orientação do farmacêutico sobre o uso correto.
“É um tratamento muito específico com uma janela pequena de intervenção. É oferecido pelo SUS somente após uma consulta com o médico. A indicação é restrita. Recebemos 100 tratamentos e mais de 10 pessoas estão fazendo uso porque se encaixam na recomendação. Não é todo caso que vai passar pela análise médica e ter o remédio indicado. O profissional da saúde faz uma avaliação completa, justamente porque o medicamento não tem eficácia se aplicado em caso sem necessidade”, ressaltou o secretário de Saúde de Maringá.
Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, visto que o medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas. Ela reiterou ainda que o tratamento não substitui a vacinação. A imunização continua sendo a melhor estratégia para evitar a doença e ter consequências graves. Importante destacar que há restrições de uso; o site do Ministério da Saúde enumerou alguns casos em que não pode haver a ingestão do comprimido.
“O Paxlovid não está autorizado para tratamento de pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19; não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus; para uso por mais de cinco dias; assim como recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o referido medicamento. Além disso, o Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida”, diz texto divulgado oficialmente.
O secretário de saúde de Maringá, Clóvis de Melo, ainda disse que a vacinação contra o coronavírus continua em Maringá e outros mutirões são planejados para 2023. Somente as doses de Pfizer Baby para crianças de seis meses a três anos incompletos, já acabaram e há expectativa da chegada de novas doses.
Victor Cardoso
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