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Morre diretor que foi acusado de matar atores em filme de terror realista

Morreu nesta quinta-feira (29), aos 83 anos, o italiano Ruggero Deodato, um dos diretores mais polêmicos da história do cinema. Ele é o responsável por Holocausto Canibal, de 1980, um filme que até hoje causa controvérsia. A causa da morte não foi divulgada.

Deodato é considerado, ao lado de Mario Bava, Dario Argento e Sergio Martino, como um dos mestres do terror italiano.

A sua obra-prima é Holocausto Canibal, que causou uma dor de cabeça engraçada ao diretor. Deodato foi acusado de assassinar os atores e mostrar as mortes no filme, devido ao realismo visceral das cenas.

Na trama, um grupo de documentaristas vai à Amazônia para entrar em contato com uma tribo canibal. O grupo não retorna, mas as filmagens são encontradas, revelando o destino terrível dos aventureiros.

Com cenas de gore filmadas com bastante realismo e o sacrifício real de alguns animais vivos em tela, logo surgiu o boato de que alguns atores foram mesmo assassinados no processo. Deodato abraçou a farsa e pediu para quem teve o seu personagem morto no filme que ficasse longe da vista do público por um tempo.

Foto – Reprodução

Deodato foi detido alguns dias após a estreia do filme na Itália e acusado de assassinato. Ele só se livrou quando os atores “mortos” finalmente apareceram. Mesmo assim, o filme foi banido dos cinemas e o diretor ficou impedido de trabalhar novamente na Itália.

Anos após o lançamento, o filme foi redescoberto e ganhou ares de cult. E acabou influenciando diretores como Quentin Tarantino e Oliver Stone.

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