O ato “3 anos sem Magó”, organizado por familiares e amigos da bailarina Maria Glória Poltronieri, assim como entidades, será realizado a partir das 8h30 nesta quinta-feira, 26. O evento será na praça do Teatro Reviver Magó e busca relembrar a memória da artista maringaense que foi brutalmente assassinada, vítima de feminicídio, em janeiro de 2020. Os participantes prometem pedir por justiça, uma vez que o assassino continua aguardando julgamento.
Na praça ainda serão realizadas ações como dança circular e contemporânea, capoeira, yoga, apresentações musicais de rap, hip hop e ativismo em prol das vítimas de violência contra a mulher e todo tipo de violência. A multiartista Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó, foi encontrada morta em uma chácara em Mandaguari. Local onde foi para acampar e passar o final de semana. Agora, três anos depois, a dor de perder a irmã ainda é presente diariamente na vida de Ana Clara Poltronieri.
“Estamos aqui como uma rosa despedaçada esperando por justiça. Tudo na natureza tem um ciclo de vida-morte-vida. Esse ciclo se encerra em um corpo físico, mas nosso espírito, nossa consciência, energia renascem. Dúvidas de que Magó está em um nível superior de consciência, nós nunca tivemos. Porque ela praticava isso aqui, com todos. Seguimos resistindo com firmeza e coragem. É impensável e ainda muitas vezes inconcebível tudo o que aconteceu. Mas resistir é lutar e é o que nos resta. Esperamos ainda por justiça”, escreveu a Ana Clara.
Magó tinha 25 anos quando foi assassinada. No corpo foram encontradas várias marcas de luta. Exames do Instituto Médico-Legal (IML) comprovaram que ela sofreu violência sexual e foi asfixiada. Flávio Campana, atualmente com 43 anos, estava na mesma chácara que Magó e foi preso dias depois em Apucarana, onde morava. Sempre negou o crime, mas material genético foi encontrado nas roupas íntimas da vítima.
Victor Cardoso
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