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Extremismo e sociedade

Os bolsonaristas que invadiram a Praça dos Três Poderes também invadiram a sede do STF (Supremo Tribunal Federal). Mais cedo, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também invadiram a sede do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. A maioria veste roupas verde e amarelo e entoa palavras de ordem, como trecho da Constituição de que “todo o poder emana do povo”. O grupo é contrário à posse Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, realizada em 1º de janeiro de 2023. Sergio Lima/Poder360 08jan2023

Nos últimos tempos tivemos, no Brasil, manifestações e ações  extremistas de direita, como as culminaram com os acontecimentos violentos  de oito de janeiro ,e no passado não tão distante,também, por parte da esquerda, com o MST, em invasões de terras, agindo de maneira irracional, depredando patrimônios  de terceiros, sem justificativas plausíveis.

      O extremismo é marcado por pensamentos e ações de cunho filosófico e político, que buscam  soluções radicais e muitas vezes impostas,  a pretexto  de solucionar problemas sociais ou ideias e pensamentos diferentes de sua vertente. 

Tais caminhos  são perigosos e podem barram a marcha pelo progresso. A humanidade vivenciou tais horrores de ideias extremistas ao longo de sua história, sendo a segunda guerra o ponto de virada, onde líderes buscaram novos rumos à garantia de direitos da humanidade. 

Foi então que no dia 10 de dezembro de 1948, adotou-se, promulgada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual destacamos os  seguintes trechos: 1-Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.2-Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

            O espírito de fraternidade compreende e respeita todas as diferenças. O espírito extremista e radical busca sempre combater o que lhe é diferente e que parece rival às suas ideias. Muitas vezes os extremistas utilizam exemplos e matrizes filosóficas já falidas que não cabem mais no presente ou num futuro o qual caminhamos para a regeneração do planeta.

       Precisamos curar o planeta, a sociedade e cada um de nós, pois o amanhã deverá ser um tempo de respeito e equilíbrio, jamais de radicalismo, e para isso é preciso conviver em sociedade e  com o diferente. 

      Sobre convivência em sociedade, encontramos na filosofia espírita informações de cunho religioso,  que Deus fez o homem para viver dessa maneira, e  pode-se ver progresso quando comparamos século após século da humanidade. Os mais pessimistas, radicais e saudosos dirão que estamos regredindo como sociedade e que “na sua época” era melhor. Enganam-se, pois  a Doutrina Espírita nos ensina que não é possível regredir. Até podemos estagnar-se e demorar para progredir, mas regredir jamais. O Futuro chega e com ele o aperfeiçoamento da sociedade.

      Enquanto parte dessa  civilização incompleta se dá por leis muitas vezes atrasadas, feitas por grupos que visam defender seus interesses e isso vemos de forma ainda mais clara, quando grupos extremistas e radicais chegam ao poder e não  e não admitem perdê-lo, mesmo se derrotados nas urnas.

       Sejam por suas vertentes políticas ou religiosas, quando não as duas juntas, buscam restringir direitos democráticos de minorias sociais, como mulheres, negros, lgbtqia+, imigrantes, indígenas, dentre outras,  que sofrem a força de regimes autoritários,  radicais  de raiz extremista. 

       E para completar essa reflexão, que tem por base texto encontrado do site https://tvmundomaior.com.br/extremismo-sociedade-e-o-espiritismo/, lembramos que a nossa democracia só será plena se não admitirmos extremismo de direita ou de esquerda, ou de qualquer ideologia  política, religiosa, ou outras, com punições rigorosas aos que infringirem  as leis vigentes, sobretudo  as normas constitucionais.

      Pedidos de intervenção militar para derrubar um governo, que as instituições reconhecem como legitimamente eleito, é um crime  contra o estado democrático de direito, inadmissível.

      Que penas exemplares desestimule tais ações, pois extremismo e sociedade não são compatíveis.

Akino Maringá, colaborador

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