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Paco Rabanne morre aos 88 anos

Nesta sexta-feira (3) o mundo da moda amanheceu com uma triste notícia. O designer Paco Rabanne faleceu aos 88 anos na cidade de Portsall, na França. Sua morte foi confirmada pelo grupo espanhol Puig, detentor da grife que leva seu nome, mas a causa, até o momento, ainda não foi revelada. Nascido Francisco Rabaneda Cuervo, na província espanhola de Guipúscoa, em 1934, ele deixa um legado que vai muito além da moda e do mundo dos perfumes.

“Paco Rabanne tornou a transgressão magnética. Quem mais poderia induzir as mulheres da moda parisiense a clamar por vestidos feitos de plástico e metal? Quem, senão Paco Rabanne, poderia imaginar uma fragrância chamada Calandre – a palavra significa ‘grelha de automóvel’ – e transformá-la em um ícone da feminilidade moderna?”, disse José Manuel Albesa, presidente da divisão de moda e beleza da Puig. “Aquele espírito radical e rebelde o diferenciava: há apenas um Rabanne. Com o seu falecimento, recordamos mais uma vez a sua enorme influência na moda contemporânea”, continuou ele.

O presidente e CEO da Puig, Marc Puig, também se pronunciou: “Estou profundamente triste com a morte do Sr. Paco Rabanne. Uma personalidade importante na moda, tinha uma visão ousada, revolucionária e provocativa, transmitida através de uma estética única. Ele continuará sendo uma importante fonte de inspiração. Estendo minhas sinceras condolências à sua família e àqueles que o conheceram.”

Apesar de sua nacionalidade espanhola, Paco desde muito pequeno se estabeleceu na França com sua família, e foi em terras francesas onde começou a criar um império que o levou a revolucionar a moda, na década de 1960 até sua aposentadoria em 1999.

Em 2011, a Paco Rabanne foi reativada pelo grupo Puig com o designer indiano Manish Arora à frente da casa. Dois anos depois, o francês Julien Dossena, ex-aluno da era Nicolas Ghesquière na Balenciaga e uma figura popular na cena parisiense, assumiu a direção criativa da grife.

Embora mais conhecido por seus conjuntos metálicos, Rabanne apresentou sua primeira coleção em 1966 usando plásticos. A coleção de estreia, intitulada “12 Unwearable Dresses in Contemporary Materials”, enfureceu a imprensa de moda francesa na época, mas o colocou no mapa. Impulsionado pelo espírito de experimentação dos anos 1960, o estilista mudou de plástico para metal, papel, botões e peles, vestindo nomes como Mia Farrow, Audrey Hepburn e Jane Fonda ao longo do caminho.

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