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Flagelos destruidores

No último dia   06 de fevereiro    fomos surpreendidos por um grande abalo sísmico que atingiu o centro da Turquia e o noroeste da Síria.

 Equivalente a quase 180 bombas de Hiroshima e com uma magnitude de 7,8 graus na escala Richter, segundo o noticiário,  o terremoto já ceifou mais de 40.000 vidas.

 Ante esse evento, onde mais uma vez assistimos o sofrimento humano e prejuízos,   muitos clamam a Deus por explicações, que a Doutrina Espírita, distante de julgamentos, clarifica nossas mentes, e, em um momento marcado pela dor, vem consolar nossos corações. 

As denominadas catástrofes naturais representam o meio para a transformação da Terra, um organismo vivo há 4,5 bilhões de anos, evoluindo através de eras geológicas. Sem isso o planeta não teria abrigado, ao longo da sua existência, as diversas formas de vida que por aqui já passaram: a biodiversidade terrestre conhece mudanças de tempos em tempos e tanto terremotos, quanto vulcanismos, são alguns entre muitos instrumentos para a criação de novos cenários propícios ao surgimento de novas espécies.

 Nesta perspectiva, o Mestre Jesus – governante deste Mundo – em conjunto com outros Espíritos Perfeitos, grandes engenheiros celestes, constroem e reformulam as bases de funcionamento do Planeta em que vivemos. Tudo está definido nas Leis Divinas que Allan Kardec, na terceira parte do Livro dos Espíritos, por meio dos espíritos superiores, nos apresentou: Lei Divina- Lei de adoração-Lei do trabalho- Lei de reprodução-Lei de conservação-Lei de destruição-Lei de sociedade-Lei de progresso-Lei de igualdade-Lei de liberdade.

Os terremotos, como os acima referidos, e a recente pandemia da Covid-19, se enquadram na Lei da destruição. Esta lei, que diz respeito a destruição ou transformação, é um processo natural de renascimento e regeneração da matéria, além de ser necessário para o equilíbrio do mundo. Allan Kardec, na questão 728, de O Livro dos Espíritos, pergunta:

 A destruição é uma lei da Natureza? Resposta: É necessário que tudo se destrua para renascer e se regenerar,  porque  isso a que chamais destruição não é mais que transformação, cujo objetivo é a renovação e o melhoramento dos seres vivos.

Com isso, os chamados flagelos destruidores, dizem respeito ao um adiantamento ao progresso, já que, também o espírito, de algum modo,  irá buscar o estado de regeneração moral. Entretanto, algumas vezes eles são considerados como castigos, quando na verdade, são leis educativas.

      Pergunta: Com que fim fere Deus a humanidade por meio de flagelos destruidores?

Resposta: Para fazê-la progredir mais depressa”. (Questão 737, Lei de destruição: Livro dos Espíritos).

      Entretanto, a destruição humana é diferente da destruição natural. Como o espiritismo nos ensina, os seres humanos ainda são imperfeitos, e com isso, acabam colocando as necessidades materiais à frente das espirituais. Deste modo, acabam desenvolvendo sentimentos de crueldade e instituto de destruição.

      Abusos, como a   caça e pesca indiscriminada e o desmatamento ilegal ,são contrários à Lei de Destruição. Pessoas que levam nações a se destruírem nas guerras, podem ter a necessidade de se melhorarem perante a destruição. Como? Elas apuram seus níveis tanto intelectuais como morais, a partir da necessidade de liberdade e progresso, que a guerra os obriga a desenvolver.

As guerras irão se tornar menos frequentes, a partir do momento em que a humanidade começar a progredir, e ainda, desaparecerão da Terra quando os Espíritos passarem a compreender a justiça e a praticarem a Lei de Deus.

Para finalizar a essas reflexões, feitas com base em textos à luz da doutrina espírita, conforme o progresso for atingindo a Terra, menos frequente  será aplicada a Lei de Destruição, com cada vez menos flagelos destruidores.

Que os sentimentos de solidariedade e empatia nos façam ajudar  aos sobreviventes e desencarnados,’vitimas’, em suas caminhadas evolutivas, material e espiritualmente.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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