Fernando Alonso fez festa no pódio pelo terceiro lugar do GP da Arábia Saudita, antes de descobrir punição da FIA que o derrubou para a quarta posição por penalidade de 10 segundos. A Aston Martin não concordou com a decisão, entrou com pedido de recurso e acabou recolocando o espanhol na terceira colocação.
Com a posição restabelecida, o espanhol pôde celebrar sua 100ª conquista de pódio na Fórmula 1, a segunda seguida com o remodelado carro da Aston Martin, que chegou a liderar a prova deste domingo, em Jeddah, após ultrapassagem de Alonso sobre Sérgio Perez na largada.
Alonso havia recebido uma punição de cinco segundos por posicionar o carro errado no grid de largada. Cumpria no pit stop, no qual ninguém pode tocar no carro antes do tempo terminar. Mas um maçado teria encostado no monoposto e ocasionado a nova punição já depois de a prova ter sido encerrada, o que não agradou a Aston Martin.
No começo da madrugada na Arábia Saudita, noite no Brasil, veio a decisão da FIA pela devolução da posição. “Em apoio à petição de revisão, os comissários viram a ata da última reunião do SAC e evidências em vídeo de 7 instâncias diferentes em que os carros foram tocados pelo macaco enquanto cumpriam uma penalidade semelhante à imposta ao carro 14 sem ser penalizado”, iniciou a explicação da FIA.
“A apresentação clara da equipe foi que a alegada representação de um acordo entre a FIA e as equipes que tocar o carro de qualquer forma, inclusive com um macaco, constituiria ‘trabalhar’ no carro para os fins do Artigo 54.4 (c) do Regulamento Desportivo, estava incorreta e, portanto, o fundamento da decisão dos Comissários Desportivos estava errado”, seguiu.
“Depois de revisar as evidências de vídeo apresentadas e de ouvir o representante da equipe da Aston Martin e os membros relevantes da FIA, os comissários determinaram que existiam novas evidências significativas e relevantes, conforme exigido pelo Artigo 14.1.1 para desencadear uma revisão do decisão, nomeadamente as provas de vídeo e as provas verbais da equipe e da FIA. Ficou claro para nós que o substrato da decisão original, nomeadamente a representação de haver acordo, foi posto em causa pelas novas provas”, explicou a entidade, antes do veredicto final.
“Portanto, passamos a ouvir o conteúdo do pedido de revisão. Tendo analisado as novas evidências, concluímos que não havia um acordo claro, como foi sugerido aos comissários anteriormente, que pudesse ser invocado para determinar que as partes concordaram que um jack tocando um carro equivaleria a trabalhar no carro. Nas circunstâncias, consideramos que nossa decisão original de impor uma penalidade ao carro 14 precisava ser revertida e o fizemos de acordo.”
Foto – AFP