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Prefeitura: Nomes de pré-candidatos começam a surgir

Ainda faltam 18 meses para as eleições municipais de 2024, considerando a realização do primeiro turno no dia 6 de outubro, mas a sucessão do prefeito de Maringá, Ulisses Maia, já elenca uma extensa lista de pré-candidatos, alimentada por especulações que tiram e posicionam nomes.  Não se observa uma ‘candidatura natural’ no âmbito do governo, ainda que o vice-prefeito, Edson Scabora (PMDB) se apresente como nome previsível e não esconda a pretensão.

Scabora, empresário do ramo de educação, agora exercendo o cargo de secretário de Aceleração Econômica e Turismo, se movimenta para fortalecer seu nome e se tornar ‘viável’, expressão que vai angariar ou não apoio à sua pretensão. Em recente entrevista à RCC News, emissora de rádio de Maringá, o prefeito Ulisses Maia negou que o vice seria o candidato do seu grupo político, contrariando o que disse Scabora a um portal de notícias da cidade.

O ex-vereador e advogado Flávio Mantovani (Solidariedade), diretor do Procon, cargo que assumiu em novembro do ano passado depois de perder o mandato, cassado por infidelidade partidária, também se posiciona como pré-candidato. Reeleito vereador em 2020 com 6424 votos, a maior votação dessa legislatura, Mantovani já disputou duas vezes uma cadeira na Assembleia Legislativa, cravando 23.693 votos em 2018 pelo PPS e 22.849 votos em 2022.

O ex-prefeito Silvio Barros, que exerceu o cargo por dois mandatos e fez o sucessor, Carlos Pupim, se mantém como nome recorrente como pré-candidato. A interlocutores mais próximos nega que tenha a pretensão, mas se movimenta no sentido contrário, participando de reuniões com lideranças políticas e comunitárias. Em sondagens eleitorais extraoficiais, aparece no topo da preferência do eleitorado.  Lembrando que Silvio Barros foi derrotado por Ulisses Maia em 2016.

Wilson Quinteiro, sem partido político desde 2018, anunciou aposentadoria da disputa de cargos eletivos em fevereiro de 2020, conforme anunciou o jornalista Ângelo Rigon em sua coluna, mas ensaia retorno com presença mais ostensiva nas mídias sociais. Recentemente, deixou cargo no Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) “para estudar Maringá e aumentar diálogo com a comunidade”, o que converge com sua pretensão de uma eventual pré-candidatura.

Dr. Batista (União), deputado estadual não reeleito e agora exercendo cargo na Casa Civil do governo Ratinho Junior, não terá vida fácil no partido caso tenha a pretensão de disputar a prefeitura pela quinta vez. Ex-vereador por dois mandatos e quatro vezes deputado estadual, o médico tem adversário relevante dentro do partido: o ex-vereador Do Carmo, deputado estadual eleito e que vai se consolidando como liderança em ascensão e capaz de criar um amplo arco de apoio.

Do Carmo (União), eleito deputado estadual em 2016, mas que perdeu o mandato no imbróglio envolvendo o Delegado Francischini, não se abateu com o episódio, foi para a campanha e se elegeu com expressiva votação. Posicionado como pré-candidato, caminha junto com o deputado estadual Delegado Jacovós (PL), também de olho na sucessão de Ulisses Maia.

O deputado estadual Soldado Adriano e o deputado federal Sargento Fahur também integrariam o grupo de Do Carmo e Delegado Jacovós, na busca de entendimentos para uma candidatura única ainda a ser definida. O vereador Delegado Luiz Alves participa dessa mobilização, reforçando bancada ligada à segurança pública e que terá muito peso na disputa. Em tese, todos são pré-candidatos.

Homero Marchese (PR), também fracassado na busca pelo segundo mandato na Assembleia Legislativa, deve ser candidato. Em 2020 disputou o cargo e obteve 34.152 votos (em 2018, fez 42.154 votos para deputado estadual. Maringá contribuiu com 21.836 votos desse total). Ana Lúcia Rodrigues (PDT) e Cris Lauer (PSC) também posicionam nomes entre ‘prefeituráveis’.

Humberto Henrique (Solidariedade), ex-vereador pelo PT e que marcou sua passagem na Câmara pela postura de oposição combativa e respeitada, também é nome com presença na lista de especulações. Depois de cinco anos afastado da vida partidária (foi candidato a prefeito em 2016, quando fez pouco mais de 13 mil votos), retornou como candidato a deputado federal em 2022, depois de trocar o PT pelo Solidariedade.

Wilsinho Mattos (PODE), que foi suplente na candidatura derrotada do ex-senador Álvaro Dias, também é um nome sobre o que se especula, sendo citado em possível aliança com Silvio Barros. Evandro de Oliveira (PSDB), empresário da área de educação e pai do ex-deputado estadual Evandro Junior, foi candidato a prefeito nas eleições de 2020 e não descarta submeter seu nome às urnas novamente. Eduardo Bettini (PODE), policial federal, candidato a deputado federal nas últimas eleições, é nome que conta com a simpatia do senador Sergio Moro.

O PT, considerando as circunstâncias da eleição de Lula, deve caprichar no nome para a disputa, mas não se vê ninguém na planície. Enio Verri, reeleito deputado federal renunciou ao cargo para assumir a diretoria geral da Itaipu, e, na prática, limpou a área, mas não há nome à vista para ocupá-la. Na falta de um candidato viável, o partido pode alinhar-se com forças mais ao centro e até à direita, eventualmente abrindo mão da cabeça de chapa.

O prefeito Ulisses Maia já iniciou conversas internas com vistas a 2024, mas não tem uma mão boa para arriscar à mesa. E muito menos fez algum movimento nesse sentido nos últimos 6 anos de governo. Especula-se sobre os secretários Orlando Chiqueto (Fazenda), sem partido, Francisco Favoto (Emprego e Renda), presidente do PSD maringaense, e Clóvis Melo (sem partido), que já passou pela Comunicação, Gestão, Recursos Humanos e Gabinete. Edson Scabora e Flávio Mantovani integram essa lista.

Edvaldo Magro
Foto – Reprodução

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