‘Não se iluda. O mundo está repleto de gente que, embora cheia de conquistas, encontra-se vazia de felicidade. A pessoa mais feliz não é aquela que tem mais, é a que menos necessita’. ( Pai João de Aruanda- Espírito).
A palavra felicidade, segundo os dicionários, significa sensação real de satisfação plena, estado de contentamento. Por se tratar de um sentimento, também é classificada como substantivo abstrato.
Sobre o tema, André Luiz, no Livro Sinal Verde, nos diz:
‘Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos. Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
A alegria do próximo começa muitas vezes no sorriso que você lhe queira dar.
A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranqüila.
Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.
Estude a si mesmo, observando que o auto-conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.’
Levando um pouco mais para o aspecto religioso, vemos em o ESSE, mensagem assim resumida:
No livro bíblico de Eclesiastes (2:4-11) há uma máxima: “A felicidade não é deste mundo.” Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Diante de tal fato, é inconcebível que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna.
Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações, com conseqüente infelicidade.
O que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam pois, por experiência arqui-secular, sabe-se que só excepcionalmente a Terra apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.
Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o absolutamente feliz jamais foi encontrado.
O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, que fala-se dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela maioria.
Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, é forçoso que se admita, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, embora aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão porque Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.
Mas a Terra não será para sempre uma penitenciária. Dos progressos já realizados, pode-se facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos.’
E concluímos com uma frase de uma música sucesso de Odair José nos dos anos 80:‘Felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes’.
Akino Maringá, colaborador
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