O Ministério Público firmou acordo com Vagner de Oliveira, ex-secretário de serviços públicos da Prefeitura de Maringá. O acordo ainda compreende Said Gebara El Chama, Fernando Ramos Pires e Jefferson Moreira de Melo. Segundo a investigação do MP, o ex-secretário, juntamente com outro servidor público e dois empresários, corriam risco de serem processados por envolvimento no “Esquema dos Bueiros”, como ficou conhecida a denúncia que a Gestão Ulisses Maia pagava por serviços de limpeza não prestados. Uma reportagem foi publicada no site ‘Pinga Fogo’, inclusive apresentando documentos.
Todos os envolvidos aceitaram devolver a quantia de R$ 109.901,58, correspondente ao valor atualizado do desfalque. Foi firmado ainda acordo para evitar processo penal. Mesmo com a denúncia, Vagner diz que não ouve desvio de dinheiro público e os serviços foram efetivamente realizados. Segundo ele, “o Ministério Público propôs um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), onde todos os envolvidos terão de devolver aos cofres públicos o valor da causa”.
Sobre a situação de não cumprimento do serviço, falou que “os trabalhos foram feitos nos finais de semana” dentro dos programas Bota Fora e Maringá Cidade Limpa. Concluiu que “por isso, algumas notas eu assinei por ter acompanhado o trabalho, quando era folga do gerente do setor”. Conforme investigação do Ministério Público, os empresários Said e Fernando realizaram transferência financeira e pagamentos em dinheiro para o servidor Jefferson, que seria responsável em fiscalizar a execução do serviço.
Lembrando que o caso foi denunciado à Promotoria Pública pelo ex-deputado Homero Marchese. Ele declarou que a empresa envolvida, Rhino Tec Ltda – ME, recebeu mais de R$ 82 mil da Prefeitura, entre janeiro e abril de 2018, por supostos serviços prestados. Os documentos apontavam que as equipes prestavam serviço aos finais de semana, todavia não apresentava horários e locais. Tudo era assinado pelo secretário e não por um fiscal.
Victor Cardoso
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