O Hospital Psiquiátrico de Maringá foi interditado cautelarmente desde o dia 15 de julho do ano passado. No dia 12 do mesmo mês, a diretoria recebeu um e-mail alegando que estavam suspensas as internações e que dentro de 15 dias teriam que transferir os pacientes internados.
Desse modo, dias antes da interdição, o hospital foi fiscalizado por meio de uma diligência do Conselho Regional de Medicina (CRM) sobre instalações e o programa assistencial, que constatou que não oferecia risco algum aos pacientes e nem aos funcionários.
Além disso, as instalações deveriam ser inauguradas, inclusive as alas reformadas, pois estavam funcionando somente 50%, e os leitos foram aprovados para 64.
O hospital não recebeu as emendas necessárias por causa da omissão da prefeitura de não ter analisado em abril o pedido de renovação sanitária. Também não houve vistoria e devolutiva.
Maria Emília Parisoto de Mendonça é diretora do hospital há 22 anos. Ela relata que a situação é uma irresponsabilidade com a população. “É algo muito grave, uma demanda muito grande. O hospital está em condições para atender, estamos aguardando ansiosamente a vigilância sanitária realizar a vistoria”, disse.
Ainda segundo ela, a desassistência é grande. “Você encontra pacientes nas ruas, sem atendimento. Existem mais de 700 pessoas na fila de espera.”
O paciente A.D já ficou várias vezes internado e está nos arredores do hospital com a esperança de que seja internado novamente. “Não acho certo um lugar como esse que me ajudou muito, estar fechado. Conheço várias pessoas que precisam daqui.”
A.G é outro ex-paciente que necessita do tratamento do hospital. “Eu quero esse hospital aberto. Eu vou lutar por isso, já passei por aqui muitas vezes. Não sei o que fazer.”
O Hospital Psiquiátrico de Maringá pode voltar atender o público após 30 dias da deliberação da prefeitura.
Maynara Guapo
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