A compra de um terreno supervalorizado para construir a prainha artificial de Maringá ganhou um novo episódio no final de semana. A estranha negociação foi denunciada ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas pelo ex-deputado Homero Marchese, que protocolou pedido de providências para que a cidade seja impedida de fazer o pagamento de R$ 6,3 milhões pelo local.
Dessa maneira, na última semana, houve uma denúncia de que o mesmo terreno de 193 mil metros quadrados foi negociado por R$ 916 mil em 2021, segundo a matrícula do imóvel. Depois de dois anos, a Prefeitura de Maringá quer pagar quase sete vezes mais pelo mesmo terreno.
O ex-deputado ainda apresentou outro ponto misterioso do processo de compra. Conforme Marchese, técnicos da prefeitura avaliaram dois terrenos vizinhos ao imóvel negociado e atribuíram o preço de R$ 3,2 milhões cada. O estranho é que o terreno negociado é menor que os outros dois, porém, o preço que a gestão municipal quer pagar é no mínimo o dobro.
Para evitar que a cidade faça o suposto pagamento milionário, o ex-deputado solicitou cautelarmente a adoção das providências necessárias para cancelar o pagamento e o processo de desapropriação.
Na última semana, por meio de nota oficial a Prefeitura de Maringá disse que não existem irregularidades no processo e aceitou reconhecer as negociações anteriores do lote.
Maynara Guapo
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