A Prefeitura de Maringá suspendeu sete licitações que deviam ter os envelopes abertos neste mês. Dessa maneira, as causas da prorrogação dos certames são diversas. O valor dos editais, juntos, totalizam R$ 45,8 milhões, sendo que alguns deles são na modalidade pregão, e o valor mais alto em uma única licitação foi de R$ 25 milhões.
Quatro dos sete cancelamentos no período correspondem à compra de flores e plantas. No primeiro edital suspenso que deveria ter os envelopes abertos na última quarta-feira, a prefeitura estimava o gasto de até R$ 2,5 milhões para a aquisição de 1,3 milhão de flores, plantas e materiais para o viveiro municipal. Conforme o Portal da Transparência da cidade, o edital foi suspenso por tempo indeterminado devido um pedido da Secretaria Municipal de Logística e Compras (Selog) e a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selurb).
Já o segundo edital, no valor de R$ 55,8 mil, previa a aquisição de outras espécies de plantas e flores, também para o viveiro municipal. Com isso, neste certame da qual a abertura era prevista para a última quinta-feira, Maringá desejava comprar outras 97.890 plantas, flores e materiais. O processo licitatório foi cancelado, de acordo com a nota publicada na transparência, por meio da solicitação da Selog.
A terceira licitação era para ter sido aberta na última sexta-feira, no valor total de até R$ 1 milhão. Neste edital a cidade ia adquirir 164.190 plantas, flores e materiais para o viveiro municipal, porém, a licitação foi suspensa, de novo pela Selog.
Por fim, o último certamente referente à compra de flores, plantas e materiais para o viveiro municipal, deveria ter os envelopes abertos ontem. O valor máximo que a cidade ia pagar era de R$ 435 mil. A estimativa era a aquisição de 8.630 plantas e flores. O edital foi cancelado mais uma vez pela Selog.
A cidade, em vista disso, na somatória dos quatros certames, queria pagar R$ 4.558.591 para a compra de 1.665.710 flores e plantas para o viveiro municipal, em quatro processos licitatórios diferentes, sendo que todos foram cancelados por tempo indeterminado e nenhum outro edital foi divulgado até o presente momento.
OUTROS CANCELAMENTOS
Neste mês exista ainda mais três licitações que foram suspensas. A primeira deveria ter tido os envelopes abertos no dia 3 de maio. O processo licitatório no valor de R$ 376 mil era sobre a contratação de uma empresa especializada em engenharia e arquitetura para a preparação de documentos essenciais para a destruição e construção do Centro Esportivo Otávio Cesário Pereira, na Zona 5. O edital foi cancelado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop) por tempo indeterminado para modificações no lugar.
Desse modo, o segundo edital era para registro de preço para compra de notebooks educacionais e gabinetes para recarga. A cidade ia pagar R$ 15 milhões para aquisição de 3.810 notebooks e 109 gabinetes. O certame foi cancelado por tempo indeterminado. Na nota da suspensão, não existe referência de qual pasta fez o pedido do edital, muito menos se a causa era adaptação na licitação.
O último e mais comentado edital que foi cancelado é o da Parceria Público- Privada (PPP) da iluminação pública. O projeto é de criação do Poder Executivo e foi aprovado pela Câmara Municipal de Maringá.
Os envelopes deveriam ser abertos na B3 Bolsa de Valores de São Paulo, no dia 23 deste mês. O valor do edital relativo a um ano de parceria é de R$ 25 milhões. O edital é na modalidade de concessão administrativa, para prestação dos serviços de iluminação pública em Maringá, que engloba a implantação, expansão, operação e manutenção da rede municipal pública, por processo licitatório da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), que foi cancelada também por prazo indeterminado a pedido da própria secretaria.
Maynara Guapo
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