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50 entidades não aprovam projeto de lei que determina novo feriado na Cidade

O projeto de lei nº 16.558/2022 que sugere estabelecer 20 de novembro, Dia do Zumbi e da Consciência Negra como novo feriado de Maringá está em tramitação na Câmara. Dessa forma, a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) entregou na última segunda-feira ao presidente da Câmara e vereador Mário Hossokawa, um documento assinado por 50 entidades que não aprovam o projeto de lei.

No ofício, a Acim admite a importância da data, porém, a entidade questiona a instituição de um feriado para a comemoração. Em vista disso, o documento mostra estimativa de perda econômica de R$ 759 milhões no município devido dez feriados nacionais para este ano. “Tomando como base o PIB de Maringá em 2020, que foi em torno de R$ 20 bilhões, pode-se calcular que, em média, são geradas R$ 77 milhões por dia na Cidade. No entanto, quando há um dia parado, seja por um feriado nacional ou por outro motivo, esse valor deixa de ser gerado”, diz o ofício.

Desse modo, o documento declara ainda que para a indústria, que tem um PIB de cerca de R$ 3,5 bilhões, a perda diária estimada é de R$ 13,6 milhões. Já para o setor de comércio e serviços, que tem um PIB de R$ 11,4 bilhões, a perda diária é de aproximadamente R$ 43,89 milhões a cada feriado. Além das perdas econômicas, que causam diminuição na arrecadação da cidade, a entidade também alega o impacto no calendário escolar, que pode sofrer modificações para o cumprimento dos 200 dias letivos.

Mediante o ofício, a Acim revela que a sociedade civil e as organizações de Maringá estão dispostas a contribuir com o poder público em projetos, atos e tomadas de decisão a respeito do assunto “Dia da Consciência Negra”, aconselhando incentivar o Festival Afro-Brasileiro de Maringá e a “Afro Ebó Dengo”, feira colaborativa de afro-empreendedores que tem como propósito estimular o empreendedorismo negro com foco no combate ao racismo e às desigualdades sociais.

Além disso, a entidade afirma que as empresas e as organizações vão fazer campanhas de conscientização e sensibilização nas plataformas de mídia social e de comunicação, com a promoção de eventos e atividades educativas.  Também vão poder fornecer apoio em projetos e organizações que trabalhem em áreas referentes à desigualdade racial e à diminuição de desigualdades sociais.

Maynara Guapo
Foto – Reprodução

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