“Se você só quiser conhecer o que já conhece, talvez não perceba, mas está perdendo a vontade de viver”. A frase não é minha; é da escritora americana Anne Lamott. Quando a li, fui profundamente tocado pela profundidade dessas simples palavras. A autora nos provoca: a vida que vale a pena é a vida que não se acomoda, que não se fecha para a descoberta, para as novidades, que não abre mão da curiosidade.
A vida é movimento. A vida acontece quando aprendemos coisas novas. Repare uma criança: ela se deslumbra a cada nova descoberta. Ela deseja explorar cada pequeno objeto. Ela quer conhecer.
Por isso, quem resiste às novidades e deseja viver apenas o conhecido, não precisa mais viver.
A vida é um intrincado mosaico de experiências, emoções e aprendizados. A cada dia, somos apresentados a um amplo leque de possibilidades que nos permitem expandir nossos horizontes e evoluir como seres humanos.
Eu sei que é confortável ficar no lugar conhecido. Eu mesmo adoro minha rotina, meus hábitos. Me incomodo quando tenho que mudar as coisas. É compreensível optar por um espaço seguro e confortável, uma zona de conforto. Mas também é uma armadilha que impede nosso crescimento.
Quando nos negamos a aprender algo novo, a conhecer pessoas diferentes, a descobrir novos interesses ou a simplesmente experimentar um novo tipo de comida, estamos, na verdade, renunciando à riqueza de possibilidades e à energia que a vida pode nos oferecer.
Observe o mundo e a criação de Deus. Até de um único animal, como um cachorrinho, quantas raças, tamanhos, cores? Acho que a criação de Deus fala por ela mesma e sugere que a gente se abra para conhecer mais, porque conhecer é seguir vendo. Note, o mundo da vida está em constante mudança.
Cada experiência, cada pessoa que conhecemos, cada livro que lemos, cada viagem que fazemos, acrescenta algo a nós – talvez uma habilidade, um insight, uma nova perspectiva, ou até mesmo um novo amigo.
Agora, talvez sua pergunta pra mim seja: Ronaldo, como podemos nos abrir para novas experiências e evitar ficar presos no mesmo ciclo?
Aqui estão algumas dicas bem simples:
Curiosidade: Nunca subestime o poder da curiosidade. Se algo lhe desperta interesse, mesmo que pareça insignificante, persiga essa ideia ou atividade. A curiosidade é a chama que nos leva à descoberta e à inovação.
Desafie-se: Aprender uma nova habilidade, começar um novo hobby, ler um livro de um gênero diferente, experimentar uma culinária exótica – todos esses são desafios que nos ajudam a expandir nossa compreensão e nos tornam mais adaptáveis e flexíveis.
Seja sociável: Conhecer pessoas de diferentes culturas, origens e perspectivas de vida nos permite entender a diversidade do mundo e nos enriquece como indivíduos. Seja através de redes sociais, clubes ou eventos locais, fazer conexões com pessoas diversas é uma maneira poderosa de crescer.
Viagens: Se possível, explore diferentes lugares. Cada cidade, cada país tem algo único para oferecer. Mesmo uma caminhada por um novo bairro em sua própria cidade pode apresentar um mundo diferente.
Mentalidade aberta: Esteja aberto para mudar suas opiniões, questionar suas crenças e aceitar novas ideias. Uma mentalidade aberta é a chave para uma vida cheia de aprendizado contínuo e crescimento pessoal.
Por fim, lembre-se: a vida é uma jornada repleta de novas experiências, lições e descobertas. Nunca devemos deixar nosso medo do desconhecido nos impedir de explorar o que a vida tem a oferecer.
Quando nos esforçamos para conhecer além do que já conhecemos, nós nos permitimos uma vida de surpresas, de descobertas e crescimento contínuo. Assim, a vida torna-se uma jornada de aprendizado constante e lições inestimáveis.
Portanto, seja ousado. Seja curioso. Seja aberto. Em cada dia, busque uma nova experiência, um novo conhecimento, uma nova visão de mundo.
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Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras | Doutor em Educação
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