Para viabilizar a prisão em flagrante, uma policial grávida agendou consulta com o médico, que vinha sendo investigado há cinco meses.
O ginecologista e obstetra Felipe Sá, de 40 anos, está preso temporariamente mas o delegado que investiga o caso deve pedir a preventiva , que poderá mantê-lo na cadeia até a conclusão do inquérito e posterior julgamento. Sá foi denunciado na Delegacia da Mulher de Maringá por várias pacientes, vítimas de abuso sexual na clínica do médico na Avenida Humaitá, onde ele foi detido na última quinta-feira. De acordo com o delegado Dimitri Tostes Monteiro uma das vítimas foi abusada enquanto estava sob efeito de hipnose. “ Ele criava um ambiente de segurança antes”, disse Dimitri Tostes.
De acordo com o delegado o médico até abordava com suas pacientes, tema de empoderamento feminino, falando do papel da mulher na sociedade , com o objetivo de cativá-las e ganhar confiança durante os exames. Em alguns casos, ele utilizava hipnose para reduzir a capacidade de compreensão da mulher , ocasião em que pedia para a paciente fazer toques sexuais e que o masturbasse. Os abusos , de acordo com a autoridade policial, aconteceram nos anos de 2021 e 2022.
As vítimas que foram à Delegacia da Mulher fazer boletins de ocorrência não se conheciam e muitas delas já eram pacientes do ginecologista antes dele cometer os crimes que o levou para a cadeia. Segundo o delegado Dimitri,
Uma das vítimas foi abusada durante exame ginecológico e outras duas sofreram abusos em exames pós-parto, partos aliás, feitos pelo suspeito Felipe Sá. No consultório do médico os policiais apreenderam dois computadores, um HJD e o celular. O apartamento onde Sá reside também foi alvo de busca e apreensão.
Redação JP
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