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Não crie inimigos

Tem gente que cria inimigos e concorrentes que não precisavam ter

A história de Ferruccio Lamborghini mostra que antes de fazer carros, ele fazia tratores com motores de tanques da segunda guerra mundial.

Conta a história que uma vez com problema na embreagem de sua Ferrari, Ferrucio foi até a fábrica e falou diretamente com o engenheiro chefe, que nesta ocasião era nada mais nada menos que Enzo Ferrari.

O Comendador, que ao ver o problema de Ferruccio teria dito: “Podes saber conduzir os teus tratores, mas não sabes conduzir uma Ferrari”. E foi a partir deste momento que Lamborghini decidiu fabricar carros, contratando uma série de engenheiros de renome para construir os seus carros.

Se buscar na história, como nasceram Netflix, AirBNB e outros, ou mesmo a decadência de alguns gigantes como Kodak irá ver que em algum momento foram ou humilhados ou enxergaram o que a soberba dos outros não lhes permitiram ver um novo mercado, resolvedor de problemas da sociedade, chamados de mercado disruptivo.

Quando escrevi o livro “Inteligência Emocional – Lições para criar bons hábitos que podem transformar sua vida e seu futuro”, em tempos de avanço gigantesco do mundo tecnológico e digital, a ideia sempre foi de um tempo de oportunidades, um encontro com o futuro, sonhar alto, pensar grande, mas agir com humildade.

O incrível é que alguns até escrevem sobre o que chamam de “perigos do otimismo tóxico”, quando o real perigo é ser um escravo da desmotivação, de achar que nada vai dar certo e quando alguma coisa dá certo, sobem num tijolo e já querem dar discursos sem ao menos criar uma história de vida, de trabalho, de resultados ou mesmo de empreendedorismo.

É claro que na vida existem muito de novos ricos que são ex pobres e novos pobres que são ex ricos. Aqui você enquadra também o ser feliz, ser realizado. Mas a fila anda e cria-se inimigos sem necessidade, sem precisão. Entra no palco novamente a arrogância do achar que sabe tudo e a história está aí para registrar.

Se vivemos num mudo em constante mudança, sabemos que não temos mais cem anos para quebrar, pois hoje, uma decisão errada e coloca-se tudo a perder. E a humildade em buscar essa resiliência faz totalmente a diferença de pequenos que estão virando gigantes.

É claro que é possível trabalhar nossa mente para alcançar resultados extraordinários. O ordinário já existe, o “não” você já tem, o comum já está aí. Mas pequenas mudanças nos hábitos e comportamentos buscam aprimorar o autoconhecimento que forma hábitos poderosos que te ajudam no desenvolvimento pessoal e conquista de seu destino. Nunca é tarde para aprender e aprender mais. Isso é resiliência. Tem um ditado tcheco que diz o seguinte: “Aprender outra língua é ganhar uma alma a mais”. Esse aprendizado com foco e objetivo, tudo isso só faz bem no longo prazo.

Na minha infância, as coisas não eram fáceis. Além da falta de recursos, o mundo da época era falta de opções. Para quem era acostumado a viver ou no quintal ou na rua e quando saía ou era na igreja ou casa de algum parente, o sonho desde pequeno com 11 ou 12 anos já era querer trabalhar para mudar a situação.

Eu sei que tem herdeiros de conglomerados, de carreira política, de empresas de sucesso e isso não tira o mérito de ninguém. Mas quem vem do zero ou menos qualquer coisa, usar a inteligência emocional, o espírito cristão herdado dos pais, tem na sua missão não criar concorrentes, nosso tema hoje, e sobretudo aprende que só se atinge o sucesso quando se aprende a medi-lo e avalia-lo corretamente.

A maioria das pessoas que conseguem “chegar lá” são aqueles que acertam o alvo não porque são geniais ou especiais ou porque foram escolhidas por algum dedo mágico, mas porque amam aquilo que fazem, chegam ao limite de seu possível, são RESILIENTES e cumprem o princípio de que “o bom cabrito não berra”. Ou seja, seus resultados falam mais alto que seus discursos.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

• Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros… compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.

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