Os suspeitos presos pela Operação Bogotá na Região Metropolitana de Maringá é um policial civil e um ex-agente prisional que trabalhavam em Santa Fé onde receberam voz de prisão na manhã de ontem. Eles eram investigados por envolvimento em roubo de cargas nas estradas da região. De acordo com o promotor de justiça Marcelo Alessandro da Silva Gobatto, os suspeitos usaram a viatura da Polícia Civil, armas e coletes balísticos em uma ação registrada por câmera de segurança de um posto de combustível. “Nós conseguimos identificar uma imagem em um posto de combustíveis em que teria havido a preparação do crime e desse local vieram algumas imagens que mostraram o uso de uma viatura caracterizada, oficial, e também onde houve a subtração da carreta”, disse o promotor.
A dupla de servidores públicos também é investigada por associação criminosa, além de adulteração de sinal identificador de veículos e disparos de arma de fogo. A Operação Bogotá, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Corregedoria da Polícia Civil, cumpriram os mandados de prisão temporária nas residências dos suspeitos, além de outros mandados judiciais de busca e apreensão, relacionados à mesma operação, em Maringá e Floresta.
As investigações que chegaram até os dois policiais tiveram início nos primeiros dias desse mês, após o Gaeco receber informações de que os agentes públicos foram vistos em imagens de câmera de segurança assaltando um caminhoneiro em Engenheiro Beltrão. Logo após o assalto o motorista do caminhão prestou depoimento e alguns dias depois ele desapareceu. A família comunicou o desaparecimento e a Polícia Civil passou a trabalhar com a hipótese de latrocínio.
A Operação Bogotá será aprofundada e através dela o Gaeco vai apurar a relação dos dois detidos com outros agentes públicos, bem como o envolvimento dos policiais de Santa Fé no desaparecimento do motorista que aparece nas imagens sendo abordado no posto de combustíveis pelos suspeitos, que na ocasião se passavam por policiais em ação de combate ao crime organizado. Nas casas dos policiais foram apreendias armas e dinheiro.
A Polícia Civil e o Gaeco emitiram nota conjunta sobre os fatos investigados: “A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e o Gaeco cumpriram dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, em operação que investiga os crimes de roubo, associação criminosa, disparos de arma de fogo e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Um dos alvos de mandado de prisão é um policial civil, que também irá responder administrativamente, podendo chegar a pena de demissão, caso comprovadas as suspeitas. A ação demonstra o forte zelo da PCPR em coibir e reprimir desvios de conduta por parte de policiais civis.”
Redação JP
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