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A vida continua…

      Com o advento das redes sociais, na internet, é inegável que há uma maior aproximação, ainda que não física, entre as pessoas e graças ao facebook, por exemplo,  tomamos conhecimento de datas de  aniversários e falecimentos de amigos e podemos nos manifestar sobre as efemérides.

      Algumas vezes, mesmo após o falecimento do titular da conta na rede social, esta continua ativa e leva a situações como aconteceu recentemente com a de um amigo, falecido   no final de abril, que  aniversariaria no começo de julho e recebeu parabéns pela data, de amigos desavisados.

      Particularmente não costumo cumprimentar amigos sem antes acompanhar as últimas postagens e graças a isso tenho já evitei tal engano, mas sempre aproveito para mandar um mensagens ao amigo que já  retornou ao Mundo Espiritual, pois a vida continua, na certeza que as vibrações podem chegar até ele.

      A propósito da continuidade da vida, André Henrique de Siqueira, em artigo publicado no Jornal Mundo Espírita, trata do assunto, falando do véu de Isis:

       Eu sou tudo o que foi, é e será; e nenhum mortal jamais ergueu minha vestimenta1. Essa é a forma pela qual Plutarco, um escritor grego do final do primeiro e início do segundo século EC, menciona a inscrição contida na estátua da deusa Ísis, sentada na cidade egípcia de Saís. O termo utilizado pelo grego foi peplos, que significa manto ou véu e a expressão  passou a  passou a descrever este esforço de compreender os mistérios da deusa, representando as essências verdadeiras de todas as coisas.

  A vida espiritual é a vida verdadeira do Espírito. É por trás do véu de Ísis que a vida se mostra em toda a sua exuberância, continuando e o Espiritismo releva o impacto do comportamento ético em nosso futuro espiritual Espíritos de suas condições após a morte, e assevera:

As penas futuras, não são uma teoria preconcebida, um sistema substituindo outro sistema: em tudo ela se apoia nas observações, e são estas que lhe dão plena autoridade. Ninguém jamais imaginou que as almas, depois da morte, se encontrariam em tais ou quais condições; são elas, essas mesmas almas, partidas da Terra, que nos vêm hoje iniciar nos mistérios da vida futura, descrever-nos sua situação feliz ou desgraçada, as impressões, a transformação pela morte do corpo, completando, em uma palavra, os ensinamentos do Cristo sobre este ponto.

Identificando nos depoimentos as similaridades e relacionamentos com a situação espiritual de cada indivíduo, apresenta em resumo o Código Penal da Vida Futura:

O Espiritismo não vem, pois, com sua autoridade privada, formular um código de fantasia; a sua lei, no que respeita ao futuro da alma, deduzida das observações do fato, pode resumir-se nos seguintes pontos:

1º) A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as consequências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida corporal. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza.

2º) A completa felicidade prende-se à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é, por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos.

3º) Não há uma única imperfeição da alma que não importe funestas e inevitáveis consequências, como não há uma só qualidade boa que não seja fonte de um gozo.

 A soma das penas é, assim, proporcionada à soma das imperfeições, como a dos gozos proporcionada à das qualidades.

Redefinindo a ética como lei natural, o Espiritismo também vem mostrar que a realidade da vida futura traz seus desafios e necessidades para o Espírito que voltou à vida verdadeira.

O fato é que eles se ocupam e progridem, trabalham e desenvolvem habilidades e experiências. Posto que a vida por trás do véu de Ísis não é uma contemplação ociosa das belezas, nem um sofrimento perpétuo de punições, compreendemos a necessidade de estabelecer novos padrões para compreender a vida imortal.A vida continua…

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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