Os idosos lideram a estatística de mortes no trânsito em Maringá neste ano. Com isso, das 22 vítimas, oito tinham acima dos 60 anos de idade, segundo dados do 4º Batalhão da Polícia Militar (PM) compilados pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob).
Os dados abrangem vítimas como pedestres, motoristas, ciclistas e também motociclistas. O compilado não considera acidentes registrados no perímetro urbano da Avenida Colombo, por ser de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Desde o começo da atual série histórica em 2005, os idosos foram o segundo grupo com a maior quantia de vítimas em acidentes fatais. Das 981 mortes registradas em acidentes de trânsito no município neste período, foram 199 pessoas acima dos 60 anos, sendo 88 mortos na faixa etária de 60 a 69, e 111 acima dos 70. No período, somente a faixa etária de 20 aos 29 teve mais vítimas, com 251 mortos.
Para o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na região de Maringá, Pedro Faria, existem alguns cuidados que os idosos podem tomar para evitar acidentes quando são pedestres. “As pessoas com certa idade elevada tendem a ter a percepção diminuída, isso relacionado a vários fatores. E no trânsito, isso afeta diretamente na segurança, tanto dos pedestres, como dos condutores, eis que há a necessidade de uma atenção constante, por exemplo: em uma travessia de uma rua, rodovia, onde o pedestre tem que se acercar de que poderá atravessar com segurança. Aqui entra a percepção de tempo e espaço necessários para se fazer a travessia, calculada a possível velocidade desenvolvida pelo veículo que se aproxima.”
Ainda segundo ele, os cuidados também devem ser seguidos quando uma pessoa idosa conduz algum veículo. “Para os condutores, a mesma questão relacionada a percepção. Entendemos que os condutores com percepção aguçada tendem a se anteciparem de fatores alheios a sua dirigibilidade, como por exemplo um objeto que se solta de um outro veículo, neste caso, em se estando atento, poderá, a depender da situação fática, tomar uma atitude defensiva para desviar e a depender de uma percepção retardada, isso poderá não acontecer”, diz.
Faria também revela que pela legislação os motoristas tendem a ter uma responsabilidade maior na condução de um trânsito seguro. “Vale ressaltar que, segundo o CTB (art 29, parágrafo 2º), cabe aos veículos maiores o cuidado com os menores e todos o cuidado com os pedestres. Em suma, é o princípio da incolumidade dos veículos menores pela sua vulnerabilidade dentre os demais e a necessidade de atenção para com os pedestres tendo em mente a vulnerabilidade destes para com o trânsito.”
NÚMERO DE ACIDENTES
Nos quatro primeiros meses deste ano o número de acidentes atendidos pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) em Maringá ficou abaixo do que mostrava no mesmo período de 2022, porém, de maio a julho houve um aumento de 14%, sendo que no ano passado a quantia é mais alta. Dessa forma, nos sete primeiros meses foram registrados 1.619 acidentes. Já em 2023, foram 1.516, o que significa uma queda de 1,4%.
Todavia, nos últimos três meses houve um crescimento significativo no número de acidentes. Maio foi o mês que mais registrou, com 270. Já em junho, foram 252, e em julho, 262.
Maynara Guapo
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