Início Policial Roubo de catalisador chega à região com boa dose de ousadia

Roubo de catalisador chega à região com boa dose de ousadia

Além do roubo de caminhonetes a onda agora é furto de catalisador, porque a peça de combate aos poluentes possuem metais nobres, alguns até mais caros de que o ouro.

O furto e o roubo de catalisador é uma prática mais comum do que se imagina e a ousadia dos ladrões é tamanha que eles chegam a usar barulhentas serras elétricas para retirar a peça que fica na base do escapamento dos carros. Ontem , em plena luz do dia no pátio do Detran de Sarandi , dois rapazes entraram embaixo de um veículo estacionado em local visível,   ligaram a serra, retiraram o catalisador e foram embora antes que chegasse alguém, alertado belo barulho quase ensurdecedor da serra. Mas os ladrões foram identificados por imagens de câmera de segurança e acabaram presos na rodovia, com vários catalisadores no carro que ocupavam.

O que leva os ladrões a uma ação criminosa tão complicada? E o que pode um catalisador interessar aos bandidos? A explicação está no valor monetário que a peça tem e no que dela pode ser extraído. O catalisador é o responsável por neutralizar gases tóxicos emitidos pelos carros e é muito valorizado nesta época em que se busca reduzir a emissão de poluentes. O que chama a atenção dos criminosos são componentes valiosos como  metais nobres, caso de platina, paládio e ródio. O preço de uma platina, por exemplo, é de aproximadamente R$ 154,48 o grama. O paládio chega a render R$ 492,00 o grama, mais até do que o ouro, que gira em torno de R$ 308,00.

A quantidade desses metais num catalisador não é tão grande, mas são produtos de fácil colocação no mercado, o que por si só, chama cada vez mais a atenção dos criminosos, que também produzem  uma droga conhecida como “bombe” , composta por  um pó marrom , obtido através da trituração do núcleo cerêmico do catalisador. Essa droga, uma das mais perigosas, é fumada por dependentes químicos, como se fosse crack.  No Brasil existem, segundo o IBGE , mais de 100 milhões de veículos, sendo que os automóveis correspondem a mais da metade (54 milhões de unidades).

Redação JP
Foto – Maringá Mais

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