Maringá é uma das primeiras cidades que cria a Secretaria da Pessoa com Deficiência. A equipe de servidores também será inclusiva, constituída por PcDs.
Com a nova secretaria, o município vai aumentar as medidas de inclusão já adotadas pela prefeitura nas áreas social, de esporte, educação, empregabilidade, entre outras. Segundo dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maringá tem 23.731 pessoas com deficiência. Assim, a quantia pode ser ainda maior, visto que o levantamento não considera o transtorno do espectro autista, por exemplo, e novos dados ainda devem ser publicados neste ano.
Para o prefeito Ulisses Maia, a administração municipal é pioneira em vários aspectos referentes à inclusão. “Somos a primeira cidade do Paraná a incluir jovens aprendizes da Apae nas secretarias e fortalecemos outras medidas em diversas áreas, como social, educação e saúde. Com a criação da nova secretaria, impulsionamos ainda mais o nosso trabalho, com políticas públicas específicas para esse público.” Ele revela que os números do IBGE fortalecem a necessidade da ampliação das políticas públicas.
POSSE
A intérprete de libras e guia-intérprete, Maria Elizabeth Dumont Negrelli, será empossada como secretária da Pessoa com Deficiência na próxima segunda-feira (7). A cerimônia será às 9h no Auditório Hélio Moreira. A titular da pasta é mestre em Educação Inclusiva pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e especialista em Educação Especial e em Libras. Com a nomeação, a prefeitura terá 15 secretárias mulheres, o que equivale a 50% do secretariado.
Com a criação da secretaria, a Cidade fortifica as atividades feitas para inclusão e promoção de oportunidades para pessoas com deficiência. No esporte, 10% das vagas das turmas de natação, infantil e adulto, e hidroginástica do Centro Social Urbano (CSU) são para pessoas com deficiência. No total, mais de 200 indivíduos são atendidos no complexo esportivo.
Com a inauguração do Centro Esportivo do Jardim Alvorada, uma nova turma de natação será aberta para atendimento específico de crianças com transtorno do espectro autista.
Já no esporte de rendimento, 16 entidades com modalidades esportivas praticadas por pessoas com deficiência são conveniadas ao município e recebem recursos para desenvolvimento das ações. O investimento é essencial para 272 paratletas. Além disso, 39 recebem Bolsa Atleta e 12 técnicos recebem Bolsa Técnico.
A Cidade também investe na formação de profissionais da rede municipal para inclusão e atendimento de crianças com deficiência nas unidades escolares. Na rede de saúde, existe estrutura preparada para acolhimento e atendimento, o que engloba a Clínica do Autismo e vários outros serviços nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). As políticas públicas também compreendem as ações culturais, que contam com intérpretes de libras, áreas elevadas para pessoas com deficiência e outras atitudes.
A empregabilidade e ações para proporcionar o acesso ao mercado de trabalho também são aspectos das políticas públicas inclusivas. Somente neste ano, a Agência do Trabalhador intermediou 413 vagas de emprego para pessoas com deficiência. No período, 670 candidatos foram encaminhados para entrevistas.
Além disso, existe curso de libras para os servidores, orientações para empresas sobre a empregabilidade de PcDs, parcerias com associações e entidades, como Associação dos Surdos de Maringá (Assumar), alfabeto em libras disponível para servidores e trabalhadores que procuram a agência, entre outros.
Maynara Guapo
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