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Arcos em espaços públicos foram inspirados em movimento modernista

Quem é admirador da arquitetura certamente já parou para pensar o motivo de Maringá ter traços no designer como arcos em espaços públicos, que podem ser identificados no Terminal Intermodal Urbano e no Parque do Ingá. Há também arcos florais em praças e avenidas da Cidade. Tudo iniciou com o projeto arquitetônico da antiga rodoviária. A construção do local começou ainda na década de 1950 e foi inspirada na terceira fase do movimento modernista.

O Terminal Intermodal Urbano de Maringá foi inaugurado em 28 de fevereiro de 2020. Ele foi construído para integrar modais de transporte, conforme estrutura no subsolo preparada para receber trem de passageiro. Além disso, tem o nome do ex-prefeito e deputado federal Said Ferreira, que nos mandatos executou um importante conjunto de obras no município. O espaço é quatro vezes maior do que o anterior e tem área de 22,3 mil m².

O Parque do Ingá foi inaugurado em 10 de outubro de 1971. Considerado como o cartão postal de Maringá, tem 47,3 hectares de mata remanescente. O espaço conta com lago, pedalinhos, pista de cooper, gruta de Nossa Senhora Aparecida e um jardim japonês, sendo aberto para visitação de terça a domingo, das 8h às 17h.

Os arcos com floreiras estão espalhados por praças e avenidas de Maringá. Ao lado de inúmeras variedades de flores plantadas nos canteiros centrais das avenidas, as mais de 700 floreiras das praças apresentam um visual agradável e atrativo para quem circula tanto no centro quanto nos bairros da Cidade.

MOVIMENTO

O modernismo no Brasil foi um movimento artístico, cultural e literário que se caracterizou pela liberdade estética, o nacionalismo e a crítica social.

Desse modo, foi inspirado pelas inovações artísticas das vanguardas europeias, isto é, cubismo, futurismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo. Além disso, teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna, realizada entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo.

No país, muitas pessoas consideravam a política, economia e a cultura estagnadas, pois estavam vinculadas com o modelo político com base na política do café com leite.

Foi então no contexto de incertezas que um grupo de artistas, dedicados em sugerir uma renovação estética na arte, apresentaram um novo olhar, que era mais libertário, contrário ao tradicionalismo e ao rigor estético.

Assim, surgiu a Semana de Arte Moderna comandada pelo chamado “Grupo dos cinco”: Anita Malfatti, Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.

Esse evento reuniu várias apresentações e exposições, contribuindo com o surgimento de revistas, manifestos, movimentos artísticos e grupos com experimentações estéticas inovadoras.

Tudo isso permitiu fortalecer as ideias modernistas e inaugurar o movimento no país.

O movimento modernista no Brasil teve um vasto período, entre 1922 a 1960, que reuniu muitas características e obras. Consequentemente, foi dividido em três fases, que também foram chamadas de gerações. A primeira fase foi de 1922 a 1930, considerada como a fase heroica ou de destruição. Já a segunda, foi de 1930 a 1945, fase de consolidação ou de geração de 30. E, por fim, a última, de 1945 a 1960, a geração de 45.

Maynara Guapo
Foto – Reprodução

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