“Foi sim um disparo criminoso”, diz o delegado que comandou as investigações ao anunciar ontem a conclusão do inquérito.
O delegado Diego Almeida, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à pessoa de Maringá, disse ontem que a policial Daniela Carolina Marinelo, de 36 anos, não se matou, foi assassinada com um tiro de pistola no quarto do casal. O principal suspeito é o marido Kenny Aisley Rogério Vasconcelos, com quem ela vivia há um ano, mas só oficializou a relação no início de agosto de 2023, um mês antes do crime. O trabalho realizado pela DHPP e Instituto de Criminalística, concluiu que Kenny seria o autor do disparo.
O delegado disse que o acusado Kenny teria efetuado o disparo enquanto a vítima estava deitada. O crime estaria ligado aos bens da vítima. O suspeito, de 37 anos, foi preso no dia do crime, 1º de setembro. Ele mesmo teria acionado a Polícia e informado que a esposa havia se suicidado. Daniela foi socorrida pelo Samu e levada para o hospital em estado grave, logo após ser atingida na cabeça. Ela não resistiu ao ferimento e morreu antes de ser submetida a uma intervenção cirúrgica.
A policial morava com o marido e duas filhas adolescentes que ele tinha de outro relacionamento. De acordo com os investigadores, a cena no local do disparo sugeria uma tentativa de suicídio. Mas restou provado no curso das investigações, que a cena teria sido montada pelo próprio criminoso para convencer a polícia de que a policial teria se matado. A ficha policial do suspeito é extensa de acordo com o delegado Diego Almeida. Consta contra ele várias passagens por furto, estelionato, disparo de arma de fogo, violência doméstica e cárcere privado. De acordo com testemunhas, as discussões entre o casal eram frequentes. Kenny deve ser indiciado por feminicídio, mas seu advogado diz estar havendo precipitação quanto à imputação de culpa ao suspeito.
Redação JP
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