Início Maringá Morte de médica ofusca mas não altera estatística positiva

Morte de médica ofusca mas não altera estatística positiva

A tentativa de latrocínio teve grande repercussão no Estado mas não altera o ranking  que aponta Maringá como uma das cidades paranaenses mais seguras para se morar.

Para efeitos estatísticos, o Ministério Público considera baixo o número de crimes de morte ocorrido na Região Metropolitana de Maringá em 2023. Para uma população de quase meio milhão de habitantes, 40 homicídios de janeiro a agosto é um indicador do alto  nível de  segurança de Maringá e cidades do entorno. O Estado já chegou a registrar um assassinato a cada 18 minutos e hoje está abaixo de 15, estatística que só continua elevada devido a influência direta do narcotráfico. Para o promotor de justiça Edson Cemensati, a comoção gerada pela tentativa de latrocínio que terminou com a morte da médica Thayani Garcia Silva, faz com que os índices divulgados pelo Anuário 2023 das Cidades Mais seguras do Brasil não se compatibilizem com o sentimento dos maringaense nesse momento. “Porém, é preciso considerar que pelo tamanho que tem e pela densidade demográfica que apresenta, Maringá é sim uma das cidades paranaenses mais tranquilas para se viver”.

Os dois suspeitos de matar a médica e ferir gravemente um primo dela, passaram segunda-feira por audiência de custódia e em seguida o promotor Cemensati pediu a prisão preventiva deles, “porque são indivíduos perigosos que não podem ficar soltos”. O pedido foi feito à Justiça e concedida imediatamente, evitando que João Vitor Viana de Rocco e Mateus da Silva Nunes voltassem para a rua após a audiência de custódia.

Sobre os dados estatísticos do Anuário, o titular da Delegacia de Homicídios de Maringá, Diego Almeida, concorda com o promotor e lembra que a DHPP registrou 18 homicídios em Maringá de janeiro a agosto desse ano, contra 23 do mesmo período de 2022. “Desses 18, 10 já foram solucionados”, ressalta  o chefe da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa. Desse total, 80% das mortes estavam relacionadas ao tráfico de drogas, várias delas inclusive, decorrente de disputa de espaço entre  quadrilhas . Feminicídio só teve um no município de Maringá este ano. Foi a morte da policial militar, investigada pela DHPP e Delegacia da Mulher, cujo  autor já está preso.

Redação JP
Foto – Reprodução

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