A Prefeitura de Maringá reabriu na última terça-feira (19) o edital para reformar o Centro Esportivo Luiz Moreira de Carvalho, na Vila Operária. Segundo o documento, a Cidade está disposta em investir até R$ 8,2 milhões na intervenção. As empresas interessadas têm até o dia 25 de outubro para encaminhar as propostas.
De acordo com o memorial descritivo, a empresa vencedora do contrato será encarregada por 2.918 m² de intervenção, que englobam demolição, reforma e 1.134 m² de área construída nas estruturas internas do Centro Esportivo. O prazo para a execução da obra é de 450 dias, a contar a partir da assinatura da Ordem de Serviço.
O valor licitado é quase o dobro do que foi homologado quando Maringá tentou dar encaminhamento à reforma pela última vez, em setembro de 2020. Na ocasião, a prefeitura havia estipulado o valor máximo de R$ 5,3 milhões pela intervenção no Centro Esportivo da Vila Operária.
Conforme a administração municipal, os valores do contrato foram revisados e a Cidade “considera uma nova data-base de referência de preços, de maio de 2023. Dessa forma, há um aumento no valor dos materiais em relação ao processo licitatório anterior”, o que explica o crescimento no valor do contrato. Ainda conforme a prefeitura, os projetos arquitetônicos e complementares também foram revisados para a elaboração do novo edital.
RETROSPECTIVA
Em 2020, uma construtora com matriz em Pedrinhas Paulista, interior de São Paulo venceu a licitação ao se comprometer fazer a obra por R$ 4,4 milhões. A empresa na época teria o prazo de 630 dias para entregar o serviço, segundo informações do Portal da Transparência. Além das especificações estruturais, que são as mesmas do novo edital, a obra de 2020 também previa a revitalização e aquecimento das piscinas.
Na ocasião, o contrato foi assinado no dia 1º de dezembro do mesmo ano e a reforma deveria ser entregue em meados de agosto de 2022, porém, isso não aconteceu.
Conforme o portal de Obras Públicas da prefeitura, o contrato com a empresa vencedora do edital foi rescindido em agosto do ano passado, com o medidor apontando somente 17% de conclusão da obra. O Portal da Transparência mostra ainda que ano decorrer da intervenção, a construtora chegou a solicitar aditivos no contrato para a Cidade, que se somados, passavam de R$ 400 mil. Apesar disso, o município pagou somente R$ 847 mil à empresa em todo o contrato, valor que equivale ao que foi entregue da reforma.
Na época, a Prefeitura de Maringá chegou a comunicar que o contrato com a construtora foi rescindido depois da mesma não cumprir com os “cronogramas presentes no edital”.
Maynara Guapo
Foto – Reprodução