Início Maringá HUM faz análise dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

HUM faz análise dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

A equipe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) publicou recentemente a análise dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados no hospital no período de 2020 a agosto deste ano.

Entre 2020 a agosto de 2023 foram 2.803 notificações, sendo que 1.875 pessoas não precisaram de internação e 928 ficaram internadas. No quesito evolução final, 2.145 pessoas tiveram cura, 374 óbitos foram registrados, 175 óbitos foram decorrentes de outras causas, 103 ignorados e seis em andamento.

Em 2020 foram 244 casos de SARS-CoV-2, em 2021 foram 585 notificações, no ano passado foram 304 casos e esse ano foram 25 casos. No que se refere à idade: 64 pacientes tinham menos de um mês, 170 entre um e seis meses, 90 pacientes com idade entre sete e 12 meses, 337 pessoas com idade entre um a cinco anos, 73 casos com pacientes entre seis e 10 anos, 77 de 11 a 20 anos, 172 atendidos com idades entre 21 a 30 anos, 195 pacientes de 31 a 40 anos, 344 pacientes entre 51 e 60 anos e 1.028 pacientes acima de 60 anos. Dentre as notificações, 1.268 foram mulheres e 1.535 homens.

O HUM participa como Unidade Sentinela da SRAG, por meio de convênio feito com as administrações municipais, estaduais e nacionais, tendo como responsabilidade o monitoramento dos vírus respiratórios que circulam através da coleta de exames realizados ou enviados ao Laboratório de Epidemiologia do Estado do Paraná (Lacen).

O principal intuito na implantação destas rotinas é monitorar a ocorrência de doenças respiratórias graves nos pacientes atendidos no HUM e identificar possíveis surtos, epidemias ou situações de saúde pública que necessitam de intervenções específicas.

A análise dos casos de SRAG permite detectar de antemão crescimentos incomuns na quantia de internações e óbitos por doenças respiratórias, o que pode apontar a circulação de patógenos emergentes, como novos vírus da gripe ou outros agentes infecciosos. Além disso, essa análise ajuda a monitorar a eficiência das normas de prevenção e o controle adotadas, assim como avaliar a resposta do sistema de saúde perante surtos e a detecção dos vírus respiratórios circulantes e a atualização anual da composição da vacina da Influenza.

COLETA

A coleta de dados é feita pela equipe multiprofissional do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVEH), formada por enfermeiros, técnicos de enfermagem, médico, docentes, alunos do curso técnico em enfermagem, da graduação e de residência, técnicos administrativos, estatístico e voluntários. Os dados são adquiridos de modo sistemático, com base nas internações realizadas no hospital.

 A partir dos dados coletados no decorrer da busca ativa diária, os dados são inseridos no Sistema de Informação Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde, o que permite o acesso por parte da administração municipal, estadual e nacional em tempo real. Estes dados são então fortalecidos e analisados para identificar tendências, padrões sazonais e possíveis picos de incidência. Eles são compartilhados com a gestão local e profissionais de saúde do HUM, com o propósito de informar e embasar decisões estratégicas e a preparação da resposta à situação epidemiológica segundo as necessidades identificadas.

No sistema são inseridas informações de perfil sociodemográfico e clínico do paciente, resultados dos exames coletados e dados de encerramento, alegando o motivo da insuficiência respiratória apresentada. 

Maynara Guapo
Foto – Reprodução

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