Os novos radares começaram a funcionar em Maringá em junho deste ano e em três meses registram 80 mil veículos passando acima da velocidade permitida, o que é considerada uma quantidade alta de acordo com a fiscalização.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur, era esperado um número menor. “Foi amplamente divulgada a instalação dos radares. Todos estão muito bem finalizados com placas e legendas no chão, então, basta o motorista fazer essa observação para não ser notificado por excesso de velocidade”, alerta.
No mês de junho foram 19.448 registros de excesso de velocidade. Em julho, o número passou de 28 mil, e em agosto subiu para mais de 33.500 notificações.
Mesmo com o flagrante, nem tudo que o radar registra vira multa. “Se a multa for leve, a primeira notificação no prazo de 12 meses é transformada automaticamente em advertência. A pessoa recebe se tiver a carteira digital que foi notificada, porém, automaticamente o sistema dos Detrans de todo o Brasil já transformam essa notificação em uma advertência. Porém, se a pessoa tiver uma segunda multa em um prazo de um ano, essa sim já partir da segunda já conta pontuação e a multa já vem na habilitação”, afirma Purpur.
No município, as velocidades regulamentadas vão de 40 até 80 km/h, dependendo da rua ou avenida. A tolerância em qualquer via é exceder no máximo até 7 km do permitido. A partir daí, o radar notifica e a infração pode ser leve, média ou grave, dependendo do quanto a pessoa excede o limite da via.
Atualmente, 66 radares funcionam na Cidade e em vários pontos de maior movimento estão sendo instalados outros. Até o começo deste mês serão mais 24. Assim, com mais radares e as infrações aumentando, a arrecadação de Maringá com multas também cresce. De janeiro a agosto deste ano foram arrecadados mais de R$ 24 milhões.
Consequentemente, o excesso de velocidade é o campeão das multas. Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) cada radar multa um veículo a cada duas horas, mas com o controle por meio da fiscalização eletrônica, a expectativa é de que os acidentes graves diminuam. Na avenida Colombo, uma das mais perigosas do município e onde há vários radares, o número de mortes no trânsito caiu em mais de 60%.
“A fatalidade que é nosso maior objetivo é diminuída com a diminuição da velocidade também. Se a pessoa estiver na via com velocidade regulamentada, dificilmente vai ocorrer uma colisão, que é de 40 a 50 km/h, com toda capacidade de mobilizar o veículo. Já em altas velocidades, além de ser mais fácil de acontecer o acidente, a gravidade dele sem dúvida é muito maior”, conclui Purpur.
Maynara Guapo
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