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Empreendedorismo – Crise, ética e pensar fora da caixa

Aqui nós trabalhamos um conjunto de ideias, fruto de passagens práticas em consultoria, palestras e treinamentos e trabalho executivo onde atuei ao longo de minha carreira com pessoas que, muito simples no passado, mas esperançosas no futuro, buscaram com trabalho, ter uma maior e melhor qualidade de vida, e hoje, fruto dessa visão e ação, construíram impérios, são empresários bilionários no país e continuam firmes no leme.

 A lição é simples. Não é propor uma repetição da história, é mostrar novos conceitos aliados ao que deu certo e subir os degraus da vida. Até pouco tempo o conceito de empreendedorismo no Brasil era coisa de demitido, desempregado e recém-aposentado. Talvez movidos por momentos da economia e pela vinda de uma nova geração que pensa diferente, isto está mudando. Crise é algo que vai e volta. Tanto em momentos de crise como de euforia de mercado, empresas e pessoas ganharam ou perderam.

Não dá para negar que o desemprego contribui para isso, mas é mais por uma questão de cultura brasileira. Eu acredito firmemente que empreendedorismo deveria ser disciplina de universidade.

Entre os poucos que tem trabalhado o tema com determinação estão o SEBRAE, o CONAMPE e alguns institutos e vejo aí como fundamental empresas que fomentam e disseminam o conhecimento da matéria promovendo eventos que despertem mais a atenção do tema para os novos e fortalecimento do que já existe.

Você ´poderia me perguntar quem é empreendedor no Brasil  e se este precisa estar “de mãos dadas” com a motivação? Sim, eu penso que a motivação caminha de mãos dadas com o conceito de empreendedorismo por ser fundamentalmente uma escolha de caminhos. Em momentos delicados e chamados de crise, escolher um caminho novo é essencial. Motivação é estar em ação e isso significa buscar o novo, estar sempre se preparando para novas situações, criar espaços, buscar tecnologias, uma nova gestão, enfim, correr na frente.

Aqui falo também de ética e valores no momento brasileiro.Certamente o país está devendo muito nesta área. A nossa educação melhorou em conhecimento, mas a nossa cultura está em frangalhos, à imagem política desgastadíssima. Minha posição é que uma palavra convence, mas um exemplo arrasta multidões. Carecemos essencialmente de exemplos por aqui.  Na política, a corrupção andou solta. Na educação, pais querendo terceirizar para a escola.  No trânsito, cada um querer levar a melhor. Está tudo fora do eixo. A ética é o modo de ser e os valores são os costumes. Cultura é aquilo que as pessoas fazem quando ninguém estiver olhando. Não é preciso trabalhar só porque o chefe está olhando. Não é preciso trair só porque ninguém está olhando. Jack Welch o maior executivo da história da General Eletric dizia que se tivesse um funcionário com muitos resultados, mas não tivesse ética, o demitia e fazia uma carta de recomendação para o maior concorrente.

Então, o que significa FORA DA CAIXA? No meu livro VOCÊ EMPREENDEDORpensar fora da caixa é uma expressão que eu uso para fazer diferente da maioria.

O mundo dos iguais só ensina a seguir a manada, ou seja, buscar um bom emprego para o filho, ter um bom salário, mas não ensina ousar, fazer diferente e empreender. O engraçado é que as pessoas tornam o fácil difícil. Complicam coisas simples.

A verdade é que a todo o momento tem gente vencendo nas piores cidades e fracassando nas melhores. Tudo depende do foco e ponto de vista. Se você der margem ao medo ele fica maior do que é na realidade. Essa covardia eu chamo de gerente geral do cemitério de ideias. E toda vez que alguém contrariar as normas é brutalmente criticado pelos seguidores dos iguais. Mas a vida segue, a minoria que faz sucesso são aqueles que pensam e fazem diferente.

Se me perguntassem por que existe tanto fracasso nas histórias que envolvem o empreendedorismo
e se fosse dar uma resposta pronta, sem rodeios, eu diria que este porquê está no despreparado. A maior parte do histórico de fracassos está diretamente ligada à falta de preparo gerencial e de visão de negócios. São pessoas tecnicamente excelentes como médicos, advogados, mecânicos, joalheiros, corretores de ações, corretores de imóveis, construtores, vendedores, chefs de cozinha, fotógrafos ou publicitários que não se qualificam como negócios bem-sucedidos, com problemas de habilidade em gestão, em marketing, em finanças e são pouquíssimos os que se dedicam a tal aprendizagem. A esta “doença empresarial” é que eu chamo de “empreendedores despreparados”. É diferente mesmo sentar-se do outro lado da mesa. Uma coisa é receber o 13º salário, outra é pagar. São pessoas que entram precipitadamente no mundo dos negócios com o sonho de fazer o primeiro milhão que o vizinho já conseguiu.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

  • Gilclér Regina palestrante de sucesso, escritor com vários livros, CDs e DVDs que já venderam milhões de cópias e exemplares no Brasil, América, Ásia e Europa. Clientes como General Motors, Basf, Bayer, Banco do Brasil, Grupo Silvio Santos, entre outros…  compram suas palestras. Experiências no Japão, Portugal, Estados Unidos, entre outros países… 5000 palestras realizadas no país e exterior. Atualmente no top 10 dos livros mais vendidos no ranking do Google.
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