Depois de quase sete meses de trabalho, os vereadores que compõem a Comissão Especial de Estudos sobre o túnel do Novo Centro, Sidnei Telles (presidente da comissão), Alex Chaves (relator) e Rafael Roza (membro), concluíram a elaboração do relatório final sobre a cratera que se formou no cruzamento das avenidas Paraná e Horácio Raccanello, em abril deste ano. O presidente da Câmara, Mário Hossokawa, recebeu o documento ontem, durante sessão ordinária.
O documento, que tem cerca de 100 páginas, reúne as atas das reuniões, fotos, laudos e informações prestadas por diversos profissionais ouvidos pela comissão, entre eles servidores da prefeitura, funcionários da Concessionária Rumo e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Sanepar.
Segundo o relatório, a estrutura do túnel está em plena estabilidade; no entanto, existem sinais de desgaste natural, como goteiras, que precisam de manutenção. Conforme o vereador e engenheiro civil, Sidnei Telles, o túnel foi feito para suportar até a passagem de bitrens; portanto, não há riscos quanto à estrutura.
Ainda conforme o edil, a informação mais surpreendente que tiveram ao longo do trabalho de investigação foi o fato de que, ao que tudo indica, o túnel de Maringá é o único do Paraná que não está sob a completa responsabilidade da Rumo. “A concessionária está responsável apenas pelo tráfego e não pela manutenção da estrutura, o que deveria ser corrigido com um aditivo no contrato”.
O documento aponta ainda a ausência de documentos sobre a construção do túnel, que foi feito pela empresa Urbamar, com recursos do município. “Infelizmente muita coisa se perdeu ao longo dos anos, inclusive em um incêndio na sede da empresa, o que dificultou que tivéssemos acesso, por exemplo, aos cadernos técnicos da obra”, disse Telles.
Diante das conclusões, a concessionaria utiliza, mas não faz a manutenção. Não tem documentos que comprovem isso para Dnit e que Dnit repassou para Rumo, sendo assim, a prefeitura ficará de responsável também. Uma solução seria incluir um aditivo e deixar a Rumo como responsável pela manutenção do túnel.
A Sanepar já recebeu a sugestão e agora com o documento será oficializada que deverá ter mais cuidado com o monitoramento com suas adutoras, são quatro que atravessam o trecho.
O estudo relata ainda que a Prefeitura precisa complementar asfalto, foi apontado que precisava ter uma laje e não o fizeram, agora será necessário uma obra de engenharia.
De acordo com a administração pública, em relação ao relatório, a comissão não apontou que o município é o responsável pela manutenção da estrutura do túnel e que o mesmo vai analisar o relatório desenvolvido pela Comissão e verificar como o município pode atuar.
Da Redação
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