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Laudos apontam 93 árvores com risco de queda na Cidade

Após um mês do temporal que derrubou centenas de árvores e postes de energia em Maringá, deixando muitas casas sem luz por quase uma semana, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selurb) fortaleceu a emissão de laudos de remoção de árvores. No Portal da Arborização é possível verificar que existem 93 laudos classificados como “Emergência” depois do dia 7 de outubro.

Além disso, de acordo com um relatório preliminar publicado pela Defesa Civil no dia 11 de outubro, quatro dias após o episódio, 562 árvores caíram no município, ainda que as estimativas não oficiais deem conta de ao menos 700 árvores caídas.

“Emergência” é a categoria que ocupa o topo da lista de prioridades de remoção, que é dividida em quatro categorias. Conforme descrito pela Selurb correspondem a árvores com “risco de queda iminente”. Até o fechamento da reportagem haviam 101 árvores com essa classificação.
A Cidade havia zerado a fila de remoção de árvores com laudo de Emergência antes do temporal, porém, dentre os 99 pedidos na fila, 67 deles tiveram laudo de remoção emitido entre os dias 11 e 28 de outubro, já depois do temporal. No total foram 71 laudos emitidos em outubro, 26 neste mês e dois em setembro. Quatro dos laudos do mês passado foram emitidos nos dias 2 e 3, antes do temporal.

Chama a atenção o intervalo de tempo entre um pedido ser protocolado, isto é, do morador pedir a remoção e a municipalidade emitir um laudo, autorizando a retirada da árvore. A solicitação que está no topo da lista de prioridades até ontem por exemplo foi protocolado no dia 23 de fevereiro de 2012, há mais de 11 anos. Nele, um morador pede a remoção de uma árvore na avenida 7 de setembro. O laudo autorizando a remoção desta árvore, contudo, só foi emitido na última terça-feira (7). No laudo, o engenheiro florestal responsável explica que a árvore, um exemplar de sibipuruna, “apresenta a sua copa completamente quebrada, desequilibrada e desestruturada, sofreu recente queda de quatro galhos de médio diâmetro, desestruturando-a completamente” e “apresenta risco iminente de queda da parte remanescente da copa sobre o imóvel.”

Entre os pedidos, 99 foram classificados como Emergência e dois deles foram protocolados em 2012, um em 2014, dois em 2015, dois em 2016, seis em 2017, quatro em 2018 e três em 2019. Os demais são de datas posteriores a 2020.

Atualmente, somando todos os pedidos de remoção já com laudo emitido nas quatro categorias, são mais de 4.200 árvores na fila para remoção em Maringá. Em abril, o prefeito Ulisses Maia prometeu que ia zerar a fila ainda em 2023. Em agosto, o secretário de Limpeza Urbana, Paulo Gustavo Ribas revelou na Câmara que para este ano a pasta zeraria os protocolos de Emergência.

Da Redação
Foto – Reprodução

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