A mulher que era o alvo dos criminosos tentou se proteger no quarto onde o pai dormia, foi atingida com cinco disparos e ele morreu na cama com um tiro no peito.
Cleiciane Aparecida Evangelista, de 29 anos, servidora municipal em Maringá, morava com o pai no Jardim Esperança ,em Sarandi. Ela tinha presenciado três execuções: a do marido, a de um irmão e de um colega dele. Dessa vez ela foi o alvo dos criminosos que invadiram sua residência na noite de quinta-feira para matá-la, provavelmente com o objetivo de eliminar uma testemunha. Cleiciane ficou gravemente ferida e encontra-se na UTI de um hospital de Maringá. Quando os atiradores invadiram a casa, ela correu para o quarto onde seu pai, João Maria Evangelista, de 56 anos, dormia. Mas os criminosos foram atrás, atirando. Cleiciene Aparecida foi atingida por cinco balaços e o pai dela levou um tiro fatal no peito, morrendo em cima da cama.
Eram dois atiradores que estavam de moto, quando pararam na frente da residência das vítimas. Eles desceram, pularam o muro e se depararam com Cleiciane nos fundos da casa. Apavorada, ela entrou correndo e foi seguida pelos atiradores. A servidora correu para se abrigar no quarto onde seu pai dormia. Ela levou cinco tiros , ele acordou assustado com os gritos da filha e foi morto na hora.
Os criminosos fugiram e até ontem não haviam sido identificados. Segundo a Polícia Civil de Sarandi, Cleiciane tinha assistido a execução do seu companheiro Jonathan Felipe, de 26 anos, vulgo Jow Jow, morto a tiros no dia 19 de março de 2021. A morte de Jow Jow deu início a uma verdadeira guerra entre facções criminosas, em cujo período foram praticados vários homicídios em Sarandi e Região Metropolitana de Maringá. Cleiciane foi testemunha também da execução de um irmão seu e de um colega do marido. A Polícia acredita que crime de anteontem à noite também esteja relacionado à tráfico de drogas. Pai e filha trabalhavam na Secretaria Municipal de Limpeza Urbana – Selurb, em Maringá.
Redação JP
Foto – André Almenara
