A Secretaria de Saúde de Maringá apresentou ontem o 1º Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira) de 2024. Os dados foram coletados entre 8 e 13 de janeiro e revelam índice de infestação predial de 2,2%, o que é considerado risco médio. O Lira divide o município em cinco setores e o resultado geral considera a média dos percentuais de cada regional.
Para o secretário de Saúde, Clóvis Melo o resultado do primeiro Lira deste ano é menor que o registrado em 2023 de 2,4%, porém, ele explicou que a quantia de casos de dengue tem crescido em diversas regiões do Brasil e o município está em alerta para conter o avanço da doença. “Precisamos unir forças neste momento e toda a comunidade deve redobrar os cuidados. Vamos seguir com mutirões e outras ações estratégicas, principalmente em áreas críticas apontadas pelo Lira.”
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o índice abaixo de 1% aponta baixo risco de infestação, de 1% a 3,9% médio e acima de 4% alto risco. No recorte por setor da cidade, os índices de infestação variaram entre 0,4% e 3,8%. O maior percentual de 3,8% foi registrado na regional 1, que abrange as UBSs Parigot de Souza, Guaiapó/Requião, Piatã, Pinheiros, Morangueira, Alvorada I e Alvorada III. O menor índice de 0,4% foi registrado na regional 5, que reúne as UBSs Tuiuti, Internorte, Céu Azul, Paraíso, Cidade Alta, Aclimação, Zona Sul, São Silvestre e Vila Operária.
A Cidade também divulgou informações completas por Unidade Básica de Saúde (UBS) e os principais criadouros do mosquito da dengue. No recorte por unidade, a UBS Morangueira teve o maior índice de infestação, de 4,19%. Na sequência vem as UBSs Pinheiros com 4,18%, e Tuiuti, 4,02%. Na região das UBSs Paris VI e Ney Braga a porcentagem ficou em 0%, isto é, nos imóveis sorteados para o Lira não foram encontrados focos.
O 1º Lira também registra que o maior percentual de criadouros do mosquito de 35,97% está em recipientes plásticos, garrafas, latas, entulhos de construção e outros. Em seguida, com 33,69% dos criadouros estão os pequenos depósitos móveis, como vasos com água, pratos, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, materiais de depósito de construção e outros.
CASOS
A 15ª Regional de Saúde registrou 2.126 casos de dengue. Os dados são do informe semanal da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) publicado ontem. Existem 7.238 novos casos e mais dois óbitos pela doença no Paraná. O período sazonal 2023/2024 que começou em julho do ano passado totaliza 29.075 casos confirmados.
As duas novas mortes foram em Apucarana entre os dias 13 e 18 de janeiro. São dois homens, um de 22 anos e outro de 73 anos, os dois sem comorbidades. São oito óbitos em todo o Estado.
Este é o 22º Informe Epidemiológico divulgado pela Vigilância Ambiental da Sesa, que registrou também 93.637 notificações, 21.854 casos em investigação e 38.215 descartados.
As Regionais de Saúde com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (7.011), 17ª RS de Londrina (2.904), 14ª RS de Paranavaí (2.697), 22ª RS de Ivaiporã (2.663) e 10ª RS de Cascavel (2.264). Já as cidades que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (5.023), Londrina (2.307), Ivaiporã (1.536), Maringá (1.319), Paranavaí (1.108), Jandaia do Sul (1.062) e Santa Izabel do Oeste (997).
Da Redação
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