Início Maringá Dengue é motivo de aumento na procura por UPAs

Dengue é motivo de aumento na procura por UPAs

Em uma semana mais 900 pessoas tiveram a confirmação de dengue em Maringá. Diante disso, a cada 100 atendimentos nas unidades de saúde, 25 são de pessoas que estão passando mal com sintomas da doença.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte existem cadeiras até na calçada. Pessoas com sintomas de dengue estão entre os principais motivos do aumento na procura pelas duas UPAs da Cidade. Apenas no mês passado a da Zona Norte atendeu 13 mil pacientes, sendo quase 3 mil com suspeita de dengue.

Já na UPA Zona Sul o movimento é ainda maior. Foram 14 mil atendimentos em fevereiro e 3.300 por causa da dengue. Do lado de fora da unidade foi montado um espaço para a espera. Dessa forma, quem recebe uma pulseira verde ou azul, que não são casos de urgência, tem que esperar dependendo do dia, por volta de duas a três horas.

Segundo o secretário de Saúde, Clóvis Melo, existe uma série de protocolos a serem seguidos dependendo da quantia de casos. “Inclusive você pode ter a maior contratação de pessoal e você tem também uma escala dentro do plantão. Eu não tenho 20 consultórios para colocar 20 médicos lá dentro. Então, existem outras possibilidades para fazer anexos, dependendo da quantidade de casos. Ainda não é necessário, a gente ainda está conseguindo atender, e a gente acredita que com o apoio da população, principalmente no combate aos focos do mosquito a gente vai superar essa fase”, diz.

BOLETIM

A 15ª Regional de Maringá tem 6.388 casos de dengue, segundo o informe semanal da doença divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). As Regionais de Saúde com mais casos são 16ª RS de Apucarana com 15.541, 10ª Cascavel 8.340, 8ª RS Francisco Beltrão 6.502 e 17ª RS de Londrina 6.463. Já as cidades que apresentam mais casos confirmados são Apucarana com 10.402, Londrina 5.128, Maringá 3.560, Paranavaí 3.015, Cascavel 2.898, Ivaiporã 2.240, Quedas do Iguaçu 1.875, Dois Vizinhos 1.616, Jandaia do Sul 1.608 e Antonina 1.470. Além disso, é o maior número de casos em um boletim do atual período epidemiológico: 15.361 novos casos. Ele também traz 14 novos óbitos pela doença. O período sazonal 2023/2024, que começou em julho de 2023 soma 73.928 casos confirmados e 37 óbitos.

As 14 mortes que estão neste último informe são de pessoas entre 31 e 92 anos, cinco delas sem comorbidades. Do total de registros, dois óbitos ocorreram em Ampére e Salto do Lontra (8ª RS); um em Mariluz (12ª RS); um em Paranavaí (14ª RS); um em Sarandi (15ª RS); dois em Apucarana (16ª RS); dois em Terra Roxa e Toledo (20ª RS) e um em Ivaiporã (22ªRS). Na 17ª Regional de Londrina houve quatro óbitos, a maior quantia deste boletim. Dois deles eram de Londrina, um de Cambé e um de Rolândia.  

Este é o 26º Informe Epidemiológico divulgado pela Vigilância Ambiental da Sesa, que registrou também 187.594 notificações, 46.122 casos em investigação e 61.130 descartados. Dos 399 municípios, 319 apresentaram casos autóctones, isto é, quando a doença é contraída localmente, e 397 tiveram notificações.

Da Redação
Foto – Reprodução

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