Início Policial Guardas municipais são suspeitos de torturar adolescentes em abrigo

Guardas municipais são suspeitos de torturar adolescentes em abrigo

A Polícia Civil, através do Nucria, investiga denúncia de tortura em um abrigo da Prefeitura de Maringá, destinado a crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social.

O caso ocorreu no último dia 18, mas só veio à tona nessa terça-feira quando a delegada Karen Friendrich, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), divulgou detalhes da ação violenta dos guardas. Segundo ela, houve uma confusão entre os internos e a Guarda Municipal foi acionada. Quatro guardas compareceram para atender a ocorrência, mas já chegaram usando spray de pimenta e agredindo a tapas alguns dos internos. Até crianças que estavam dormindo foram atingidas e passaram mal, enquanto outros meninos teriam levado tapas no rosto e na nuca.

De acordo com a delegada, logo após as agressões no abrigo, os internos comunicaram o fato a uma agente social. Mas ela não só ignorou o fato como teria dado risada na cara dos garotos que foram reclamar.  Por isso, também está sendo investigada. Foi afastada pela Administração Municipal e pediu exoneração do cargo. Os guardas também foram afastados do trabalho externo e enquanto correm os inquéritos policial e administrativo, eles prestam serviços internos na sede da corporação.

O abrigo onde as cenas de violência ocorreram acolhe 13 adolescentes e duas crianças de 11 anos, em situação de vulnerabilidade social. O Ministério Público acompanha o caso e deverá oferecer denúncia contra os envolvidos quando for concluído o inquérito policial. Em nota, a Prefeitura disse que repudia qualquer tipo de violência e que a  Secretaria Municipal de Assistência Social está dando suporte psicológico aos adolescentes do abrigo.

Redação JP
Foto – Nucria

COMPARTILHE: