A operação foi batizada com o nome de Exação, em referência ao período antigo em que a cobrança de impostos e emolumentos era feita por pessoas físicas, que guardavam no próprio bolso o dinheiro arrecadado.
A Operação Exação ocorreu simultaneamente em Sarandi e Loanda na manhã dessa sexta-feira. O núcleo maringaense do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu ordens de busca e apreensão e afastamento de funções públicas nas duas cidades, onde agentes públicos são acusados de pedir propina para liberar uma carga de bebidas. Consta do inquérito que é conduzido desde fevereiro pelo Gaeco de Maringá, com o apoio das Corregedorias da Polícia Civil e Militar, que houve prática de extorsão qualificada. Dois policiais, um da Polícia Civil e outro da Militar, eram os principais alvos da operação e ambos foram afastados de suas funções nessa sexta-feira, a pedido do Ministério Público.
O valor da propina chegaria a R$ 500 mil, dinheiro que seria dividido entre os envolvidos (direta e indiretamente) na apreensão, ocorrida em fevereiro em um posto de combustíveis na saída de Floresta para Maringá. Segundo o Promotor de Justiça Marcelo Cobbato, a vítima é um caminhoneiro que transportava bebidas e foi abordado enquanto descansava no pátio do posto. Os dois policiais o intimaram a segui-los até Maringá, onde seria efetuado o pagamento, mas no trajeto o caminhoneiro acionou o rastreador do caminhão e a empresa, dona da carga, avisou a polícia. As investigações começaram imediatamente no âmbito da Operação Exação, que ontem cumpriu mandados expedidos pela Vara Criminal de Paiçandu.
Redação JP
Foto – Plantão Maringá