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Partido Novo pede cassação de vereador

O Diretório Municipal do Partido Novo ingressou na última quarta-feira com um pedido de cassação de mandato do presidente da Câmara, vereador Mario Hossokawa (PP), por quebra de decoro parlamentar.
O pedido leva em consideração a recente condenação do presidente da Câmara pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Maringá por desvio de recursos públicos no caso Paolicchi. Outro argumento utilizado no pedido é o suposto uso dos serviços de advocacia da procuradora da Câmara em defesa de Hossokawa e de sua filha em três processos judiciais particulares.
De acordo com o Partido Novo, o pedido de cassação de Mario Hossokawa pretende proteger a imagem da Câmara de Vereadores de Maringá, oferecendo ao presidente, à Mesa Diretora da instituição e aos demais vereadores a chance de dar ao caso tratamento isonômico referente à comissão processante aberta recentemente na instituição contra a vereadora Cris Lauer, a pedido do PT.
Mario Hossokawa está no sétimo mandato. Em 2023 o vereador foi condenado por envolvimento no caso Paolicchi, que pode ter desviado até R$ 1 bilhão dos cofres públicos da prefeitura. Pela denúncia do Ministério Público, Hossokawa recebeu dinheiro em espécie e ainda foi beneficiado com o pagamento de um empréstimo bancário feito junto ao Banestado. O atual presidente teve como avalistas o então prefeito Jairo Gianoto e o então secretário Luis Antônio Paolicchi. Os pagamentos eram realizados pelo gabinete do prefeito, com dinheiro público.

A Câmara Municipal informou que o documento foi lido na sessão ordinária de ontem e que o processo tramitará segundo o Regimento Interno da Casa. “Após a leitura do documento, o processo caminhará conforme determinado no Código de Ética e Decoro Parlamentar. Uma vez que o representado ocupa o posto mais alto da mesa, o vice-presidente assumirá o cargo no andamento do processo, que não contará com a participação de Mario Hossokawa, mantendo a lisura e isonomia dos trabalhos realizados nesta Casa de Leis.”

Mario Hossokawa disse por meio de nota que o processo é sigiloso, o que o impede de comentar o caso. “Darei declarações públicas no momento oportuno. Ademais, estou tranquilo e convicto de que o processo referido não se trata de quebra de decoro parlamentar nem de improbidade administrativa, tendo o caso ocorrido há 25 anos.”

Da Redação
Foto – Reprodução

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