Por que mentimos? O que nos leva a mentir? Quais as consequências da mentira? Do ponto de vista bíblico, a resposta é simples: com a entrada do pecado do mundo, a coisa desandou. Porém, mentir é uma escolha nossa – podemos optar por não mentir. Ainda assim, mentimos; e por diferentes razões.
Uma das motivações mais comuns para mentir é o desejo de evitar punições ou consequências negativas. Desde crianças, aprendemos que mentir pode ser uma forma de escapar de repreensões e/ou punições.
Outra razão frequente para a mentira é a busca por aceitação e aprovação social. As pessoas podem exagerar suas qualidades, realizar feitos inexistentes ou ocultar falhas para parecerem mais atraentes, competentes ou agradáveis aos olhos dos outros.
Muitas mentiras são contadas para proteger a autoestima. Admitir falhas, erros ou fraquezas pode ser difícil e doloroso. Assim, as pessoas mentem para se apresentarem de uma maneira mais favorável, mantendo uma imagem positiva de si mesmas e evitando o confronto com sentimentos de inadequação ou fracasso.
Algumas mentiras são motivadas pelo desejo de proteger outras pessoas de verdades dolorosas. Ou mesmo para não criar desconfortos. Você não vai dizer para alguém que está super animado com uma roupa nova que aquela peça é ridícula, né?
Por fim, mentir pode ser uma estratégia para obter vantagens ou benefícios que, de outra forma, não seriam alcançáveis. Isso pode incluir mentir em currículos, falsificar documentos ou mesmo esconder informações a respeito de um produto ou serviço.
Mas a mentira causa estragos. Eu costumo dizer que a verdade pode incomodar, mas não traumatiza ninguém. Quando falamos a verdade, o assunto acaba, não tem desdobramentos negativos. Por outro lado, a mentira tem um poder corrosivo que pode deteriorar a qualidade dos relacionamentos. Quando alguém mente repetidamente, cria um ambiente de desconfiança.
Parceiros que mentem frequentemente podem causar um afastamento emocional, fazendo com que o outro se sinta constantemente inseguro e desconfiado. A ausência de confiança pode levar a conflitos frequentes, à falta de comunicação aberta e, eventualmente, ao fim do relacionamento.
Por falar em confiança, a confiança é a base de qualquer relacionamento saudável, seja ele pessoal ou profissional. Quando alguém é pego mentindo, a confiança é imediatamente comprometida. Reconstruir essa confiança pode ser extremamente difícil e, em alguns casos, impossível. Uma vez que alguém é rotulado como mentiroso, sua reputação pode sofrer danos irreparáveis.
E a perda de confiança não afeta apenas a relação entre os indivíduos envolvidos, mas também pode impactar a dinâmica de uma família e, nas empresas, de equipes inteiras.
Contar mentiras também pode causar um significativo estresse psicológico. Manter uma mentira requer um esforço contínuo para lembrar e sustentar a falsa narrativa, o que pode levar à ansiedade e à exaustão mental.
Portanto, se você tem o hábito de mentir, peça a misericórdia de Deus e rompa com este mal. Seja mentirinha ou mentirona, fuja disso. Viver uma vida de honestidade proporciona paz de espírito. A integridade traz consigo uma sensação de liberdade e autenticidade, permitindo que a pessoa viva de acordo com seus valores e princípios.
E eu diria mais: de acordo com a Bíblia, o diabo é o pai da mentira; logo, os mentirosos são filhos de quem?
Por mais que mentir possa parecer vantajoso – e a gente vive num mundo que a mentira reina -, romper com a mentira muda nossa vida.
Penso que uma das grandes riquezas de um homem, de uma mulher, é o seu nome. E ter um nome de respeito, uma reputação baseada na honestidade e na integridade é um dos ativos mais valiosos que alguém pode ter.
Ser conhecido como uma pessoa confiável abre portas e cria oportunidades tanto na vida pessoal quanto na profissional.
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Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras | Doutor em Educação
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