Você já se pegou sem vontade de fazer coisas que importam? Já perdeu o ânimo de fazer mesmo as coisas que são necessárias e que você gosta de fazer, mas se viu sem vontade em função de problemas enfrentados noutras áreas da sua vida?
Já aconteceu com você?
Dias atrás, gravei um podcast sobre “a importância da disciplina” e uma amiga nossa lá no Instagram mandou recado:
“Professor, achei interessante tudo o que falou, mas eu não estou com vontade de nada, não tenho ânimo pra nada”.
Ei, será que este também é o seu caso?
Eu admiro quem parece sempre motivado, animado, disposto… Mas confesso que, quando alguma coisa ruim acontece comigo, minha energia se esvai. Fico desanimado. E fico desanimado inclusive para fazer coisas que gosto de fazer. Acontece com você? Acho que sim.
Você sofre um aborrecimento com o chefe, mas aquilo te chateia tanto que perde todo o ânimo de ajudar o filho com a lição de casa. Você tem um problema com a vizinha, mas isso te perturba no trabalho e você sequer consegue atender bem os clientes. Você brigou com a esposa e fica tão aborrecido que não tem vontade nem de escrever o relatório para a empresa.
A nossa vida se faz em várias frentes… Ela não é apenas o território da casa. Também não é apenas o trabalho. A vida é vida no trabalho, é vida nos relacionamentos – pais, amigos, marido, esposa, filhos, vizinhos, colegas de trabalho… A vida é vida no trânsito, no banco, no supermercado… É vida na escola ou na faculdade. E nem sempre estamos bem.
Mas e a tal da disciplina sobre a qual falamos? Então… Aqui está a chave: a disciplina é essencial nestes momentos. Gente disciplinada não faz o que precisa fazer apenas quando está com vontade; faz inclusive quando não tem motivação, ânimo e energia.
Gente disciplinada é gente que vai fazer sua corridinha, mesmo quando não tem vontade. E vai fazer porque se propôs a fazer. Gente disciplinada é gente que estuda, mesmo quando a vontade é ficar esparramado no sofá assistindo séries na TV. Gente disciplinada é gente que acorda quando o despertador toca, prepara seu café da manhã, se arruma direitinho e chega pontualmente no trabalho.
Não tem a ver com vontade, tem a ver com compromisso com você mesmo, com seus objetivos.
Por isso, entenda três coisas:
Primeira, admita: nossa vida, embora aconteça em diferentes frentes de batalha, é uma coisa só. O que acontece no trabalho pode sim te afetar em casa. O que acontece com a vizinha pode te fazer querer sumir no mundo. A vida não é compartimentada. Não dá para deixar o problema do trabalho no trabalho, o problema de casa em casa.
Segundo ponto, admita a dor e o dia ruim, e se precisar de um tempinho para respirar, tire este tempinho, mas uma coisa é você dar uma pausa de um dia, de uma semana. Outra é justificar todos os dias que não anda bem, que as coisas não têm funcionado na sua vida… e deixar de fazer o que você sabe que precisa fazer. Se todos os dias você tem uma desculpa, algo está errado.
Além disso, se você se render, você está abrindo espaço para a culpa. Quando a gente não faz, aos poucos, começa a se sentir um fracasso. Se você não faz, o trabalho acumula, atrasa ou você perde oportunidades. E o que está ruim pode ficar pior.
E um terceiro ponto, quando você não se permite parar em função dos problemas, você descobre que é capaz. Você olha pra você com compaixão, mas não como vítima. Você entende que Deus te dotou de forças para enfrentar e vencer as aflições do mundo. Portanto, aproprie-se da força que Deus colocou aí dentro de você e siga em frente!
Só um último recado: se suas emoções estão muito arruinadas e você não conseguir reagir, mesmo fazendo todo o esforço, busque ajuda profissional. Você pode estar doente, emocionalmente.
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Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras
Doutor em Educação
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