Maringá está entre os sete municípios que ganharão uma nova estação do Instituto Água e Terra (IAT). Com investimento de R$ 8,9 milhões, Colombo, União da Vitória, Francisco Beltrão, Guarapuava, Foz do Iguaçu e Londrina também receberão. Já outras sete estações em funcionamento serão atualizadas.
As 11 estações existentes coletam e enviam dados de forma automática ao IAT. Elas são instaladas em lugares com alta concentração de poluentes, como indústrias ou áreas com grande fluxo de carros, em Curitiba (2), Cascavel, Araucária (3), Paranaguá, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São Mateus do Sul.
Segundo o agente de execução e membro da equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do IAT, João Carlos de Oliveira, os equipamentos serão colocados em locais onde antes não existia nenhum tipo de monitoramento. “São máquinas que conseguem medir com mais precisão as Partículas Respiráveis, aquelas emitidas por fontes como veículos, e que são relevantes para os padrões da Organização Mundial de Saúde por causarem doenças.”
Cálculos, revela o agente, com monitoramento em tempo real, que permitem que em casos críticos a equipe do IAT seja alertada imediatamente, conseguindo agir de modo rápido e com segurança. “Reunimos estes e outros dados, disponíveis no Sistema de Gestão Ambiental (SGA) do IAT, para orientar a nossa equipe. Tudo com base em dados e evidências locais”, diz. As ações incluem alertar a população, acionar equipamentos do Instituto e campanhas educacionais.
INCÊNDIOS
Os diversos focos de incêndio registrados no País nos últimos dias impactaram na qualidade do ar no Estado, porém, mesmo assim os índices ainda se mantêm em um nível aceitável devido diferentes ações coordenadas pela equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do Instituto Água e Terra (IAT).
Dados monitorados desde a penúltima sexta-feira, período em que as ocorrências se fortaleceram, mostram que o nível de partículas no ar sofreu uma elevação acima da média. Na região de Curitiba, onde foram registradas as maiores médias diárias de poluentes, a quantia de Partículas Inaláveis (MP10) chegou a 106,42 μg/m³, enquanto as Partículas Respiráveis (MP2,5) atingiram 57,83 μg/m³ (padrão de qualidade do ar).
Antes das queimadas, conforme a série histórica levantada pelo IAT, a média diária de MP10 ficava na faixa entre 10,3 μg/m³ e 52,38 μg/m³ no município, enquanto as médias de MP 2,5 se mantinham entre 3,31 μg/m³ e 24,67 μg/m³.
Mesmo com o aumento, os valores ainda estão na faixa de regularidade dos padrões do Índice de Qualidade do Ar (IQA) da Resolução Conama nº 491/18, estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente, utilizados como referência pela equipe do IAT. Para o MP10, um valor até 120 μg/m³ é considerado regular, enquanto que para a MP2,5 um número até 60 μg/m³ é o máximo aceitável. Todavia, o Instituto vigia para tomar providências caso a situação se agrave.
“O Paraná é um dos estados pioneiros no monitoramento da qualidade do ar, e nós temos um histórico detalhado no Estado, o que permite a identificação clara de situações anormais como a causada pelas queimadas”, afirma o agente de execução e membro da equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do IAT, João Carlos de Oliveira.
Além dos dois índices, as estações do IAT também coletam dados de outros tipos de poluentes, como Partículas Totais em Suspensão (PTS), Dióxido de Enxofre (SO2), Monóxido de Carbono (CO), Ozônio (O3) e Dióxido de nitrogênio (NO2).
Da Redação
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