Mais de 130 profissionais da saúde de municípios do Paraná participaram, nesta sexta-feira (11), da aula inaugural do projeto Plantas medicinais – Territorialização da Política Nacional, no auditório do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV). A capacitação é uma das atividades do projeto que visa levar para a região de abrangência da Itaipu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), do Ministério da Saúde (MS). Após a aula presencial, os participantes continuarão os cursos de forma remota.
O projeto é uma das ações do programa Itaipu Mais que Energia, em parceria com a Organização da Sociedade Civil Sustentec – Produtores Associados. Ele prevê o desenvolvimento das plantas medicinais, desde o cultivo e beneficiamento até a prescrição dos fitoterápicos por parte de profissionais de saúde, de preferência no Sistema Único de Saúde (SUS), e a sua utilização pela sociedade.
“O objetivo é interiorizar a política para todos os municípios brasileiros. A gente sabe que em muitos estados há ações específicas no tema, mas não vemos algo tão disseminado e avançado como acontece aqui no Paraná. Isso ocorre, principalmente, pela parceria histórica com a Itaipu e seu investimento no desenvolvimento das plantas medicinais”, afirmou o assessor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Benilson Beloti Barreto.
Segundo ele, o objetivo principal do programa é desenvolver local e regionalmente as plantas medicinais por meio da capacitação de profissionais da saúde e dos produtores, para “ter fitoterápicos com qualidade sendo distribuídos gratuitamente pelo SUS para todos os usuários.”
O superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Wilson Zonin, explica que as plantas medicinais são um dos eixos de atuação do Itaipu Mais que Energia, que tem uma área de abrangência atingindo 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul.
“Atendemos ao apelo do presidente Lula para expandir as ações de sustentabilidade da Itaipu”, comentou. “Este projeto articula com a agricultura familiar, a agroecologia, o setor produtivo, os sistemas de saúde e a população em geral, com foco no desenvolvimento das plantas medicinais e caminhando para o surgimento de uma bioeconomia.”
Após a solenidade de abertura, foi ministrada uma palestra sobre os vinte anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica do SUS. Em seguida, aconteceu uma mesa redonda sobre a importância estratégica das plantas medicinais para a sustentabilidade. Jair Kotz, da Sustentec, apresentou o projeto Plantas Medicinais: Territorialização da Política Nacional e o Programa Mais que Energia. À tarde, foi feita uma apresentação geral do curso seguido por visita técnica.
Plantas Medicinais
A capacitação é voltada para profissionais de saúde responsáveis pela prescrição dos fitoterápicos, como médicos, enfermeiros, odontologistas, farmacêuticos, nutricionistas e fisioterapeutas, nos municípios de abrangência de 11 Regionais de Saúde em três macrorregiões do Estado do Paraná. Serão ministradas aulas teóricas e práticas, presenciais e on-line, além de atividades de acompanhamento da evolução dos pacientes tratados com as plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos.
Outro eixo do projeto é voltado para os gestores públicos, para incentivar a criação de políticas públicas municipais e fazer o arranjo institucional para aquisição e disponibilização das plantas medicinais para atenção à saúde da população. Também há o eixo da validação, junto com universidades e pesquisadores, para embasar o uso dos fisioterápicos em produção científica, publicações de artigos e livros.
O projeto está vinculado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem o objetivo de garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas, independentemente da idade.
Assessoria de Imprensa
Foto – Itaipu