A 15ª Regional de Saúde tem 391 casos de dengue, segundo o informe semanal da doença divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental. Com isso, no Paraná foram registradas mais 2.355 notificações da doença, com 239 novos casos, sem óbitos na última semana. Somados os dados do novo período epidemiológico, que começou em 28 de julho deste ano, o Estado registra 21.941 notificações, 2.699 casos confirmados e nenhuma morte em decorrência da dengue.
No total, 343 cidades já apresentaram notificações da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 220 possuem casos confirmados.
Informações sobre chikungunya e zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão no mesmo documento. Neste período foram confirmados sete casos de chikungunya, sendo registradas 159 notificações da doença no Paraná. Referente ao zika vírus, até o momento ocorreram sete notificações, sem casos confirmados.
A Sesa relembra a importância da remoção de criadouros para a eliminação de qualquer lugar ou recipiente que possa acumular água.
RELATÓRIO
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná na manhã de ontem o relatório detalhado das ações implementadas no segundo quadrimestre deste ano em audiência pública promovida pela Comissão de Saúde Pública, que comprova o empenhou R$ 4,4 bilhões em ações e serviços.
Na ocasião, a deputada Marcia Huçulak (PSD), vice-presidente da Comissão e líder do Bloco Parlamentar da Saúde Pública informou que está bastante preocupada. Ela alertou para o fato de que muitas cidades do Estado não contam com planos estratégicos para enfrentar esse problema, que costuma crescer no verão, reforçando que já tivemos uma epidemia de dengue. “Precisamos também falar sobre a importância da vacinação. Só 17,8% dos municípios com cobertura vacinal adequada em crianças menores de 1 ano. Tivemos óbito por coqueluche, volta do sarampo e estamos sob o risco de casos de paralisia infantil.”
Na opinião da parlamentar é preciso uma campanha de conscientização da população sobre a importância das vacinas.
O secretário de Estado da Saúde, o médico César Neves, concordou com os parlamentares em relação as preocupações e considerações apresentadas no decorrer da reunião. A respeito do combate à dengue alegou que a questão “é altamente preocupante. Infelizmente, muitas pessoas não fazem uma política de estado. Fazem uma política própria”, criticou quando foi questionado sobre a falta de comprometimento com a saúde pública demonstrada por alguns gestores municipais.
Da Redação
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