Ouvido pelo delegado Francisco Caricati, ele disse que foi induzido ao erro por um motociclista que ia à sua frente e passou no cruzamento com o sinal vermelho.
Francis Mayco Alves, de 38 anos, o motorista do Porsche que furou o sinal vermelho e matou a jovem Isabelly Félix dos Santos, de 19 anos, se apresentou nesta sexta-feira à Polícia 13 dias após o acidente. Como não havia mais flagrante e nem mandado de prisão, ele saiu com seu advogado pela mesma porta por onde entrou na Delegacia. O acidente fatal ocorreu na noite de 12 de outubro quando o casal Tiago e Isabelly passava com sinal verde no cruzamento das avenidas Gastão Vidigal e Petrônio Portela. Em alta velocidade, Mayco furou o sinal vermelho e segundo testemunhas, desceu do carro e ainda gritou com o condutor da moto que estava no chão com as duas pernas fraturadas. Depois, deixou o local à pé, passou em uma farmácia das proximidades, onde teria dito ao balconista: “Acabei de matar uma mulher”.
O acidente teve grande repercussão na cidade e gerou até um protesto de parentes e amigos das vítimas, com pedidos de justiça e paz no trânsito de Maringá. O motorista do Porsche amarelo, com placas de Marialva, já havia acumulado mais de 10 suspensões na Carteira Nacional de Habilitação por direção perigosa. Testemunhas disseram às autoridades de trânsito que atenderam a ocorrência que Mayco apresentava sinais de embriaguez. O carro foi recolhido ao pátio do Detran, onde foram constatadas dívidas de mais de R$ 30 mil relativas a infrações de trânsito.
No depoimento prestado ontem ao delegado Francisco Caricati, Mayco tentou se justificar dizendo que foi induzido ao erro por um motociclista que estava a sua frente e avançou o sinal vermelho. Ele foi indiciado por homicídio culposo qualificado e omissão de socorro, já que fugiu do local do acidente.
Redação JP
Foto – Plantão Maringá
