Pesquisando opiniões sobre o dia de finados, encontrei mensagem, de José Carlos de Lucca, Veja:
‘Não é dia de finados, mas dia dos infinitos. Para eles a nossa saudade, a gratidão, o nosso perdão em via de mão dupla. As recordações felizes dos momentos que tivemos juntos, a nossa vida que segue em frente para honrar tudo o que recebemos. A aceitação dos ciclos naturais da vida, da morte e do renascimento e a certeza de que hoje estamos juntos através de um sonho, da percepção da presença invisível, da intuição num problema que atravessamos. E amanhã, quando for a nossa vez de partir, estaremos juntos outra vez sentados à mesma mesa, celebrando e vivendo o infinito amor’.
A palavra Infinito, digo eu, é um adjetivo ou substantivo masculino, que se refere a algo que não tem fim, limites ou fronteiras, ou que durará para sempre. O vocábulo finado, deve ser entendida como acabado ou terminado.
Sendo assim, faz todo sentido, para nós que acreditamos na existência e imortalidade da alma, que somos uma alma que está num corpo e não um corpo que tem uma alma, crer que não existe finados, para os que ‘morrem’, nas sim infinitos, que nunca se findarão.
Desse modo o correto é considerar que todos os dias, de 01 de janeiro a 31 de dezembro, são dias dos infinitos, inclusive o 02 de novembro, quando milhões de pessoas vão aos cemitérios referenciando os que consideram, sem pensar racionalmente, como ‘finados’. Aliás, a expressão era muito usada, e alguns ainda a usam, para se referir por exemplo: meu ‘finado pai’, ‘finado fulano’, ‘finado sicrano’.
Como Espírita Cristão, fizemos no último dia a 02 uma postagem, para refletirmos sobre sobrevivência e reencarnação das Almas, tratando das visitas aos cemitérios:
Com todo respeito aos que vão aos cemitérios ,como forma de visita a entes queridos, tenho convicção que lá não os encontrarão.Talvez eles até compareçam, atraídos por vibrações, ao local onde estão apenas os ‘restos mortais’, para usar uma expressão antiga, liberados e com permissão para lá estarem, abraçando seus entes amados.
Também é possível que Espíritos já reencarnados visitem as próprias sepulturas. Muitos duvidarão.Vamos exemplificar:
Lendo, justamente no ‘dia de finados’, a notícia do lançamento da cantora e compositora, Rafa Mariano, com 18 anos de idade, que é neta de Elis Regina, uma das maiores e mais completas artistas que esse país já conheceu, falecida em 1982, pensei que ela poderia ser a reencarnação da avó, pois nasceu em 2006,portanto 24 anos após o desencarne de Elis.
Se Rafa fosse ao cemitério, visitar o túmulo d e Elís, poderia estar visitando o próprio túmulo, uma situação absolutamente possível pela lei da reencarnação.
Aliás, é pela reencarnação que se explica a passagem bíblica, onde se lê que Deus castiga até a quarta geração ( Êxodo 34.6 e 7). Seria justo que o neto fosse ‘castigado’, ou seja passasse por expiações, em virtude de faltas, cometidas pelo avô? Claro que não. Mas no caso, um neto pode ser o próprio avô, reencarnado, pagando pelas próprias faltas.
Faz todo sentido e o caso de avôs e netos é só um exemplo, mas há várias combinações possíveis, neto(a) = filho(a) do(a) filho(a). bisneto(a) (2ª geração) = filho(a) do(a) neto(a). trineto(a) (3ª geração) = filho(a) do(a) bisneto(a). tetraneto(a) (4ª geração) = filho(a) do(a) trineto(a).
Infinitos, somos todos como essência divina e a imortalidade da alma é um dos conceitos básicos do Espiritismo, norteando o conjunto de idéias da doutrina, posto que o Espírito ( ser desencarnado) é a continuação da alma ( indivíduo encarnado), após a morte ( falência definitiva do corpo orgânico), com a manutenção da mesma identidade (não falamos de RG) próprio indivíduo.
O conceito , de que alma é infinita, funda-se em evidências das manifestações dos Espíritos e testemunho destes. O atributo da imortalidade também pode ser aplicada a Deus, que ,exclusivamente, além de imortal, é eterno.
Akino Maringá, colaborador
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