A Base Aeromédica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em Maringá celebrou na última terça-feira oito anos de atividades voltadas para o atendimento das regiões Norte e Noroeste do Paraná. Durante esses anos, o serviço prestou mais de 5,1 mil atendimentos, oferecendo suporte ágil e eficiente em situações de emergência, como acidentes de trânsito, infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
O helicóptero da base realiza operações em um raio de até 250 quilômetros, com uma equipe composta por um comandante, um médico e um enfermeiro. Suas funções incluem transferências inter-hospitalares para unidades de referência, socorro a acidentes nas rodovias e suporte ao Sistema Estadual de Transplantes.
“O serviço aeromédico é essencial para garantir atendimento rápido e eficiente a vítimas de traumas. Cada minuto após um acidente é decisivo para salvar vidas e evitar complicações graves. Esse trabalho é uma referência na região e, em oito anos, já transformou a vida de milhares de famílias”, diz o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Segundo informações da Base, antes da implantação do serviço, pacientes infartados podiam esperar mais de 12 horas por um tratamento como a angioplastia. Agora, o tempo médio para chegar à unidade de referência é de somente duas horas e meia.
“Antes, pacientes gravemente feridos que estavam a mais de 30 quilômetros de um hospital tinham o quadro agravado até receberem atendimento. Hoje, esses pacientes já recebem cuidados especializados no local do acidente, de forma ágil e precisa”, explica o coordenador médico da base em Maringá, Mauricio Lemos.
Com uma equipe de sete médicos, sete enfermeiros, dois pilotos e dois mecânicos, a base faz aproximadamente de sete a 10 atendimentos por semana, acumulando 50 a 60 horas de voo mensais. Desde a implantação em 2016, quando registrou 32 atendimentos, a quantia cresceu 1884%, atingindo 635 em 2023. Até outubro deste ano já são 511 atendimentos realizados.
REFERÊNCIA
O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas situadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Além de atender vítimas de trauma, o serviço faz transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça essencial no sistema de saúde estadual.
A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Estado a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma, beneficiando 40 pacientes até o momento.
INVESTIMENTO
O serviço aeromédico é financiado pelo Governo do Estado, por meio da Sesa. Neste ano, o contrato com a empresa Helisul, responsável pelos helicópteros de quatro bases e pelo avião de Curitiba, soma até outubro R$ 63,4 milhões, um aumento de 64,5% em relação a 2019, quando o repasse foi de R$ 38,5 milhões.
Em 2024, por meio de um termo de cooperação técnica com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a Sesa destinou R$ 14,8 milhões ao Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e R$ 4,3 milhões para financiar as equipes médicas do Samu responsáveis pelos atendimentos.
Este ano, o serviço aeromédico do Paraná já atendeu 3.292 pacientes. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses dados incluem o transporte de órgãos.
Da Redação
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