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Maringá adere Caminhada pelo Feminicídio Zero

A Secretaria de Políticas Públicas promove neste sábado (30), às 9h, a Caminhada pelo Feminicídio Zero. A saída será da Catedral de Maringá e a caminha em direção ao Teatro Reviver Magó.

A ação faz parte da campanha Feminicídio Zero, proposta pelo Ministério das Mulheres e que teve adesão da Prefeitura de Maringá, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres e com o Fórum Maringaense de Mulheres. O ato público revela a importância da mobilização, conscientizando a população a respeito do combate ao feminicídio e a violência contra a mulher.

A campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres” foi tema do uso da ‘Tribuna Livre’ da Câmara de Maringá. A mobilização continua até 10 de dezembro, com ênfase na prevenção e eliminação da violência contra mulheres e feminicídio.

A vereadora e procuradora da Mulher, Professora Ana Lúcia Rodrigues, explicou que a cada 10 minutos uma mulher ou menina é morta pelo companheiro ou outro familiar no mundo e que o feminicídio é o último estágio de uma violência que começa quase imperceptível. “O feminicídio não acontece do nada, de uma relação pacífica e carregada de amor. A violência começa disfarçada com violência psicológica, avança com a violência física até a morte de uma mulher.”

Ana Lúcia ressaltou que apesar da implementação de políticas públicas, o culto à violência é um grande algoz na luta contra a violência contra as mulheres, bem como o machismo e a manutenção de uma sociedade que não respeita as mulheres. “Esse contexto alimenta os sujeitos que se sentem no direito de terem a posse de uma mulher, considerando proprietários, ao ponto de matá-las quando elas querem sair da relação”, diz.

Segundo a secretária municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Terezinha Pereira, a luta é pela garantia de direitos das mulheres para “poderem exercer cidadania plena e usufruir o que garante a Constituição Cidadã. Vinte e nove anos se passaram e o que mudou? Nós continuamos morrendo, sendo estupradas e violentadas em um quadro de estatísticas negativas desse país”.

Terezinha destaca que a sensibilização contra a violência à mulher deve começar ainda na escola, pois a educação é fundamental na “desconstrução do machismo hereditário e cultural nesse país. Precisamos ensinar nossas meninas que elas podem ser o que elas quiserem ser nesse país, e nossos meninos a respeitá-las, porque as meninas de hoje serão as mulheres de amanhã”, finaliza.

Da Redação
Foto – Reprodução

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