Início Destaques do Dia Último Lira de 2024 aponta índice de infestação predial de 2,3%

Último Lira de 2024 aponta índice de infestação predial de 2,3%

O 4º Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (Lira) de 2024 apontou um índice de infestação predial de 2,3%, caracterizando um risco médio. Realizado entre os dias 4 e 9 de novembro, o levantamento completo foi divulgado ontem pela Secretaria de Saúde.

O documento foi estrategicamente feito próximo ao final do ano e ao início da temporada de chuvas, o que permite uma avaliação mais precisa do cenário de infestação do vetor no ano que vem.

O Lira divide o município em cinco regionais e todas apresentaram índices maiores que 1%, considerado de risco médio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice abaixo de 1% indica baixo risco de infestação, de 1% a 3,9% médio e acima de 4% alto risco. 

Para a secretária de Saúde, Karina Rissardo, o índice pode ser justificado pela data de realização do Lira. Em 2024 a coleta dos dados ocorreu em novembro, diferente dos anos anteriores em que o levantamento foi feito entre os meses de setembro e outubro. “De forma estratégica, realizamos a coleta no período mais próximo ao início das chuvas e do final do ano. Isso é fundamental para identificarmos, desde agora, a situação de infestação do vetor e adotar as medidas logo no início do ano.” Ela relembra que neste ano o aumento de casos foi registrado em fevereiro, antes do registrado nos anos períodos epidemiológicos anteriores.  

No recorte por setor de Maringá, os índices de infestação variaram entre 1,1% e 3,1%. O maior percentual, de 3,1%, foi registrado na regional 1, que engloba as UBSs Parigot de Souza, Requião, Piatã, Pinheiros, Morangueira, Alvorada I e Alvorada III. O menor índice foi na regional 4, que reúne as UBSs Zona 6, Zona 7 e Vila Esperança. 

Ao longo da apresentação também foram divulgados os índices de infestação por Unidade Básica de Saúde e os maiores índices foram na região da UBS Paraíso, que teve 4,70%. Logo após vem a região das UBSs Céu Azul, com 4,65%, e São Silvestre, 4,35%. Os menores resultados foram registrados na UBS Vila Esperança, com 1,11%, Zona 6 com 0,80% e Zona Sul, com 0,60%. 

O Lira também indicou os principais criadouros do mosquito da dengue em que os agentes de combate às endemias encontraram focos ao longo da coleta dos dados. O maior percentual de criadouros foi encontrado em pequenos dispositivos móveis, como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral e outros, com 40,1%.  Em seguida, com 34,9%, estão resíduos como recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas e entulhos de construção.

BOLETIM

A 15ª Regional de Saúde tem 499 casos de dengue, segundo o boletim semanal da doença divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental. No Paraná foram registrados mais 462 casos. O atual período epidemiológico, que começou 28 de julho soma 42.325 notificações, 4.997 diagnósticos confirmados e dois óbitos em decorrência da doença.

Ao todo, 375 cidades já apresentaram notificações de dengue, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 263 possuem casos confirmados.

Da Redação
Foto – Reprodução

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