Com a chegada das festas de fim de ano, os consumidores de Maringá precisam redobrar a atenção, já que os golpes aumentam consideravelmente nesse período. Entre as fraudes mais comuns estão os golpes imobiliários, a cobrança de taxas falsas dos Correios e farsas financeiras, como o roubo de dados por meio do Pix e empréstimos fraudulentos.
De acordo com o coordenador do Procon de Maringá, Edjalma Alves, a alta demanda por produtos, viagens e promoções nesta época do ano atrai golpistas que se aproveitam da boa fé das pessoas. “A distração no final do ano, com as compras e o planejamento das férias, acaba sendo o momento perfeito para criminosos aplicarem seus golpes”, alerta.
GOLPES MAIS COMUNS
O golpe imobiliário é um dos mais comuns nesta época, especialmente para aqueles que buscam alugar imóveis para as férias de verão. Segundo o Procon, muitos maringaenses são vítimas de fraudadores que oferecem casas e apartamentos no litoral por meio de anúncios falsos ou clonados da internet. Nesses casos, o interessado paga pelo aluguel de um imóvel que não existe, ou que já foi alugado para outra pessoa. Além disso, há relatos de golpistas que bloqueiam os contatos após o pagamento, deixando as vítimas sem recurso.
Para não cair nas farsas, é importante pesquisar sobre a imobiliária e o corretor, desconfiar de preços abaixo do mercado, evitar o pagamento adiantado e também verificar os documentos do imóvel antes de fechar a compra. Em caso de fraude, a orientação do Procon é procurar imediatamente uma delegacia de Polícia Civil e registrar um Boletim de Ocorrência. Caso o golpista seja uma imobiliária ou corretor cadastrado, também é possível denunciar ao Procon.
Outro golpe que se intensifica no final de ano é o da “taxa dos Correios”. Nessa fraude, os criminosos enviam mensagens, links ou e-mails se passando pelos Correios e solicitam o pagamento de uma taxa para liberar encomendas que supostamente estariam retidas. Muitas vezes, essas mensagens são direcionadas a pessoas que fizeram compras online, aproveitando o aumento nas compras para o Natal. Os Correios não pedem nenhum tipo de pagamento por e-mail ou mensagem e qualquer solicitação desse tipo deve ser encarada como suspeita.
Mais comum agora no fim de ano, outro truque envolve empréstimos bancários falsos e fraudes realizadas por meio de aplicativos de pagamentos. Criminosos se aproveitam da alta demanda por crédito e das dificuldades financeiras de algumas pessoas para oferecerem empréstimos rápidos e sem burocracia. A promessa de aprovação fácil leva muitas vítimas a enviarem dados pessoais ou até mesmo a realizarem depósitos como “garantia” para a liberação do crédito, mas, ao final, o empréstimo não chega e o dinheiro é perdido.
Além disso, os golpes por Pix também aumentam nesta época. Os criminosos se fazem passar por pessoas de confiança, como amigos ou familiares, e pedem transferências urgentes. Outro tipo comum de fraude são pagamentos via Pix para produtos que nunca serão entregues, como aconteceu com Lourdes Maria de Paula, que perdeu aproximadamente R$ 500 ao tentar comprar presentes para seus netos. ‘Estava procurando alguns brinquedos e, como não sei mexer muito bem na internet, acabei clicando no site errado. Quando vi, tinha comprado, mas os produtos nunca chegaram”, comentou ela. Para evitar tais situações, nunca faça transferências antes de confirmar a veracidade da transação e desconfie de promessas de empréstimos sem consulta e sem análise de crédito.
Em caso de fraudes financeiras, o Procon recomenda formalizar a denúncia na delegacia de polícia e, caso o dinheiro tenha sido transferido por Pix, também é possível tentar o bloqueio do valor junto ao banco ou à plataforma de pagamento.
No fim de ano, a cautela é essencial. Desconfie de ofertas “boas demais” e sempre verifique a procedência antes de realizar pagamentos ou fornecer informações pessoais.
Alexia Alves
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