A eliminação de vagas de estacionamento ao redor da Praça da Catedral tem gerado controvérsias entre moradores, comerciantes e visitantes, à medida que a obra de reforma avança. A praça, fechada desde janeiro de 2024, faz parte do projeto de revitalização do Eixo Monumental da Cidade, que inclui a troca de calçadas e a recuperação de diversas praças na área central. A reforma está prevista para ser concluída até o final deste mês, mas a mudança no uso do espaço tem provocado reações contrárias, principalmente pela dificuldade de estacionamento na região.
Uma funcionária de um estabelecimento próximo, que preferiu não se identificar, comentou sobre as dificuldades que a eliminação das vagas trará para quem frequenta a área. “Todo dia, há muitos anos, eu sempre estacionava ali pela manhã e depois à tarde. Com a reforma, já ficou muito difícil e agora, se tirarem mesmo as vagas, vai ficar pior ainda”, afirmou. Ela também destacou que está considerando mudar de transporte devido à crescente dificuldade em encontrar vagas.
Dhiogo Oliveira de Paula, frequentador da Catedral, também expressou sua preocupação, afirmando que a redução das vagas prejudica não só os fiéis que frequentam o local, mas também os comerciantes. “Muitas pessoas estacionam aqui e depois fazem compras no centro. Além disso, quem vem à missa tem dificuldades para encontrar vaga. Se a reforma eliminar o estacionamento, vai ficar ainda mais complicado. Toda vez que venho aqui ou tenho que sair bem mais cedo ou estacionar em ruas muito distantes. É extremamente frustrante”, disse.
Sônia Kakuda, funcionária pública que trabalha próximo à Catedral, comentou também sobre as mudanças. “Eu vinha de carro alguns anos atrás mas agora, só desisti. Sempre pego ou um motorista de aplicativo, ou carona com meu marido. O estresse que você paga procurando uma vaga simplesmente não compensa, pior ainda é quando chove”, falou ela.
Além da Praça da Catedral, outras obras estão previstas para os próximos meses, como a conclusão da troca de calçadas ao redor da Vila Olímpica até março, e a finalização das intervenções no eixo monumental até maio de 2025.
Alexia Alves
Foto – Reprodução
