Para que o nível do lago do Parque do Ingá não caia muito durante os anos, dois canais estão sendo construídos para levar a água que vem da enxurrada da Zona 3 e da região da avenida São Paulo, fazendo a água entrar no parque, chegando até o lago, ajudando a manter o nível.
Em um dos canais, que é o leste, a obra chegou praticamente na metade, sendo que a tubulação já foi feita, além de outras estruturas de concreto, que vão servir para diminuir a velocidade da água. Além disso, quando o trabalho estiver pronto, a vegetação deverá ser recomposta.
Pela tubulação, vai passar a água da chuva, que vai entrar no parque pela região do início da avenida Laguna. No final da parte de concreto, foi colocado um trecho de pedras. A água percorrerá até chegar de forma mais lenta no lago. Já no canal oeste as obras ainda não começaram.
A obra faz parte do projeto que começou em 2024 em um convênio entre a prefeitura e a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Atualmente, o lago recebe apenas a água da chuva que cai sobre ele, o que não é suficiente para manter o cenário de anos atrás.
O diretor-presidente do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Roberto Francisco Behrend explica que no lado da avenida São Paulo será necessário mudar o projeto original. “Eu tenho o fator chuva, que é inclusive o objetivo final da obra, mas eu preciso fazer execução no período de seca, porque é a maneira como ele foi pensado de retirar e depois colocar a tubulação, eu teria que fazer em um período de seca. Eu não consigo garantir isso em projeto, que em qualquer período do dia pode vir de chover e levar tudo aquilo que já estava sendo executado. A gente está com pelo menos duas ou três possibilidades de uma intervenção pontual, que a gente consiga garantir aquilo que foi projetado no início, mas com um desvio em algum outro ponto, que eu consigo vencer essa questão de operação, independente do período de chuva que possa acontecer.”
Assim, para que o lago seja beneficiado com a água da chuva desviada por esses canais, o curso de água não pode ser fino. É preciso ter pelo menos 50 centímetros.
“A gente tem um período principal de chuva, que é de verão. Esse período é com certeza um período que a gente tem a maior garantia que essas águas vão chegar com volume suficiente para sair do canal principal e entrar nos canais que estão sendo executados. Ao longo dos anos estamos vendo uma alteração em alguns períodos de chuva e algumas chuvas com maior intensidade e menor tempo, talvez chuvas em outros períodos que não seriam os mais recorrentes, mas que também acaba acontecendo de estar integrando no lago”, explica.
VISITA
Recentemente o prefeito Silvio Barros realizou uma visita ao Parque do Ingá e destacou o impacto negativo do estado atual do parque, que se encontra em uma situação de abandono após anos sem manutenção adequada. Na ocasião, Barros expressou preocupação com a falta de infraestrutura e os danos visíveis no local e garantiu que a administração atual se empenhará para reverter essa realidade.
Redação JP
Foto – RPC